Aliados de Boris Johnson afirmam que o ex-primeiro-ministro do Reino Unido tem interesse a concorrer novamente ao cargo. A notícia começou a circular na imprensa britânica após Liz Truss renunciar após 45 dias à frente do país.
Parlamentares da ala consevadora e também doadores do Partido Conservador britânico já estariam, inclusive, apoiando uma possível candidatura de Johnson substituir Liz como chefe de Estado britânico.
De acordo com o The Guardian, importante jornal do Reino Unido , aliados entendem ser de "interesse nacional" a volta de Boris ao comando do país. Eles afirmam também que ele tinha ainda muito o que fazer como líder da população britânica.
Contudo, Johnson precisaria do apoio de pelo menos 100 deputados do seu partido para concorrer novamente ao cargo. Hoje, estima-se que ele seria apoiado por, no máximo, 60 parlamentares.
Parlamentares moderados também não devem apoiar uma nova candidatura do ex-primeiro-ministro, principalmente pelo fato da sua impopularidade continuar alta após a sua renúncia, que ocorreu em julho deste ano.
Sir Roger Gale, um veterano deputado conservador, escreveu em uma rede social que Boris ainda está sob investigação do Comitê de Privilégios britânico, o que deveria impedir uma nova campanha.
"Precisamos lembrar que Johnson ainda está sob investigação do Comitê de Privilégios por potencialmente enganar a Câmara. Até que a investigação seja concluída e ele seja considerado culpado ou inocentado, não deve haver possibilidade de ele retornar ao governo", publicou no Twitter.
De acordo com o diretor do comitê responsável pelas eleições internas, Sir Graham Brady, é possível conduzir uma votação para decidir quem vai ser o novo líder do Partido Conservador e, consequentemente, quem assumirá o posto deixado por Truss, até o próximo dia 28 deste mês.
Uma das razões para que o novo premiê seja escolhido com urgência para assumir o cargo é a apresentação do relatório fiscal, que está marcada para o final do mês, no dia 31 de outubro.
Renúncia de Liz Truss
Nesta quinta-feira (20), a primeira-ministra britânica, Liz Truss , renunciou ao cargo no Reino Unido. Há cerca de um mês e meio na função, Truss é a terceira líder britânica a renunciar antes da hora.
Acompanhada de seu marido, a p rimeria-ministra fez um pronunciamento na porta de Downing Street, a sede do governo do Reino Unido, em Londres, dizendo já ter informado a renúncia ao rei Charles III .
Substitituta de Boris Johnson , Truss vinha sofrendo pressão para renunciar por conta de um plano econômico que gerou revolta dentro de seu próprio partido e no mercado.
Nos últimos dias, Liz perdeu dois ministros: o de Finanças, responsável pelo polêmico plano, e a do Interior, Suella Braverman, que renunciou na quarta (19).
Steve Double, deputado do partido de Liz Truss , declarou: "A primeira-ministra perdeu o controle do governo e a confiança dos parlamentares conservadores. Para o bem do país, ela precisa se demitir."
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