Pelo menos duas bombas explodiram do lado de fora de uma prisão no centro de Yangon, em Mianmar, nesta quarta-feira, matando oito pessoas e ferindo outras 18. O país está em turbulência desde um golpe militar que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi.
As bombas atingiram uma multidão que fazia fila para entregar pacotes para detentos na prisão de Insein. Os mortos incluem três funcionários da prisão e uma menina de 10 anos.
As forças de segurança desarmaram outra "mina caseira" encontrada nas proximidades.
Não houve reivindicação de responsabilidade. Grupos de direitos humanos dizem que centenas de presos políticos estão detidos em Insein, incluindo a ex-embaixadora britânica em Mianmar Vicky Bowman e o jornalista japonês Toru Kubota.
Turbulência
O conflito aumentou em Mianmar desde o golpe. As autodeclaradas "forças de defesa do povo" civis surgiram para combater a junta, surpreendendo os militares.
Em todo o país, há assassinatos quase diários de funcionários da junta de baixo escalão ou ativistas anti-golpe. Embora a maior parte da violência tenha ocorrido em áreas rurais, Yangon também foi abalada por uma série de bombardeios.
Mais de 2.300 pessoas foram mortas na repressão dos militares à dissidência desde o golpe e mais de 15.000 foram presas, de acordo com um grupo de monitoramento local. A junta culpa os combatentes anti-golpe pela morte de quase 3.900 civis.
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