A Rússia lançou, nesta segunda-feira (10), uma série de bombardeios contra importantes cidades ucranianas. Os ataques mais amplos marcam uma escalada russa em retaliação à explosão que derrubou um trecho da ponte estratégica que liga a Península da Crimeia ao território continental russo, que o presidente Vladimir Putin classificou como um "ato terrorista" da Ucrânia.
Os bombardeios mataram ao menos 10 pessoas e feriram 60 na Ucrânia, e derrubaram o abastecimento de energia e outros serviços essenciais em diversas regiões do país.
Em Kiev, foram não só os primeiros ataques desde junho, mas também os que ocorreram mais perto do Parlamento e do escritório de Zelensky desde que o conflito começou, em 24 de fevereiro.
Segundo a Presidência ucraniana foram registrados ataques contra 12 regiões do país, entre eles em cidades como Lviv e Dniéper, além de regiões mais perto das frentes de guerra e bombardeadas com maior frequência — entre elas Zaporíjia e Mikolaiv.
Também há relatos de explosões no porto de Odessa, no Mar Negro, e alarmes dispararam por todo o território ucraniano, exceto a Crimeia, ocupada pelos russos há oito anos.
Na abertura de uma reunião do seu Conselho de Segurança, Putin disse que a Ucrânia "praticamente se pôs no mesmo patamar que formações internacionais terroristas" ao atacar a ponte na Crimeia.
Como "deixar um crime desses sem resposta é simplesmente impossível", afirmou o presidente, Moscou fez um "ataque maciço com armas de amplo alcance e alta precisão" contra "infraestruturas de energia, comandos militares e comunicações" da Ucrânia.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.