Os membros do G7 publicaram uma nota oficial em que "condenam firmemente os referendos farsa que a Rússia quer usar para criar um pretexto falso para mudar o status da soberania territorial ucraniana".
"Essas ações violam claramente a Carta das Nações Unidas e o direito internacional, e vão na direção diametralmente oposta ao Estado de direito entre as nações", acrescentam.
De acordo com o comunicado, o plebiscito que teve início nesta sexta-feira (23) não tem nenhuma legitimidade e não respeitam as normas democráticas. Também foi citado que essa votação tem um caráter de intimidação em relação à população das regiões de Donbass, Donetsk e Lugansk.
"Esses referendos em áreas que foram colocadas à força sob o controle temporário da Rússia não representam de forma alguma uma expressão legítima da vontade do povo ucraniano, que resistiu consistentemente aos esforços russos para mudar as fronteiras pela força", destacaram.
A nota também lançou luz sobre a convocação de reservistas russos para se juntarem ao exército nos conflitos contra a Ucrânia . Os membros do G7 classificaram essa atitude como uma "medida deliberada".
"Estamos prontos para impor mais custos econômicos à Rússia e a indivíduos e entidades – dentro e fora da Rússia – fornecendo apoio político ou econômico às tentativas ilegais da Rússia de mudar o status do território ucraniano", completam os líderes.
Início dos referendos
A Rússia deu inicio nesta sexta-feira às votações sobre a adesão de regiões ocupadas ao país, com o objetivo de anexar quatro regiões da Ucrânia. Os referendos começaram nas repúblicas de Donbass, Donetsk e Lugansk e nas partes controladas pelos russos do sul da Ucrânia.
As votações ocontecem de hoje até terça-feira da próxima semana e os resultados preliminares devem ser divulgados até quarta-feira.
As Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (DPR e LPR) se separaram da Ucrânia logo após o golpe de 2014 em Kiev.
A população dessas regiões falam predominantemente a língua russa e compartilham fronteira com o país. O governo de Moscou havia reconhecido as regiões como estados independentes ainda fevereiro de 2022.
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