Voluntário da comissão eleitoral regional de Luhansk distribui jornais para cidadãos locais em Luhansk, 22 de setembro de 2022. No jornal lê-se em russo
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Voluntário da comissão eleitoral regional de Luhansk distribui jornais para cidadãos locais em Luhansk, 22 de setembro de 2022. No jornal lê-se em russo "27.09 Sim"

A Rússia deu inicio nesta sexta-feira ( 23) as votações sobre a adesão de regiões ocupadas ao país , com o objetivo de anexar quatro regiões  da Ucrânia. Os referendos começaram nas repúblicas de Donbass,  Donetsk e Lugansk e nas partes controladas pelos russos do sul da Ucrânia. As votações ocontecem de hoje até terça-feira da próxima semana e os resultados preliminares devem ser divulgados até quarta-feira.

As Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (DPR e LPR) se separaram da Ucrânia logo após o golpe de 2014 em Kiev.

A população dessas regiões falam predominantemente a língua russa e compartilham fronteira com o país. O governo de Moscou havia reconhecido as regiões como estados independentes ainda fevereiro de 2022. 

Com o presidente russo, Vladimir Putin , também anunciando um recrutamento militar nesta semana para recrutar 300.000 soldados para lutar na Ucrânia, o Kremlin parece estar tentando recuperar a vantagem no conflito.

O presidente Vladimir Putin disse na quarta-feira que a Rússia "usará todos os meios à disposição" para se proteger territórios e fronteiras do país, fazendo uma alusão ao poder das armas nucleares.

Os referendos foram discutidos durante meses pelas autoridades de Moscou instaladas nas quatro regiões. As províncias de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia representam cerca de 15% do território ucraniano.

Serhiy Gaidai, governador da região de Luhansk disse em publicação compartilhada via Telegram, que na cidade de Starobilsk , 'as autoridades russas proibiram a população de deixar a cidade até terça-feira e grupos armados foram enviados para revistar casas e coagir as pessoas a sair para participar do referendo'. 

"Hoje, a melhor coisa para o povo de Kherson seria não abrir suas portas", disse Yuriy Sobolevsky, o primeiro vice-presidente ucraniano deslocado do conselho regional de Kherson. 

Os referendos foram condenados pela Ucrânia, líderes ocidentais e as Nações Unidas como ilegítimo e ilegal. Não haverá observadores independentes e grande parte da população pré-guerra fugiu.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) informou que os resultados não terão relevância legal, por não estarem em conformidade com a lei ucraniana ou os padrões internacionais.

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