Taiwan iniciou nesta terça-feira (9) exercícios militares com munição real para simular uma operação de defesa na ilha no caso de um eventual ataque da China.
A medida é uma resposta às manobras em larga escala realizadas pelas Forças Armadas chinesas desde a semana passada, como retaliação por uma visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan.
Previstos para durar até quinta (11), os exercícios taiwaneses acontecem no condado de Pingtung, no sul da ilha, e envolvem o comando de artilharia, tropas de infantaria e até a guarda costeira.
Também serão usados ao longo de três dias 78 morteiros leves desenvolvidos localmente e seis obuses de fabricação americana.
No fim da semana passada, a China iniciou seus maiores exercícios militares no Estreito de Taiwan, que incluíram até mísseis balísticos sobrevoando a ilha pela primeira vez.
"A China usou os exercícios e seu manual militar para se preparar para invadir Taiwan", afirmou nesta terça o ministro taiwanês das Relações Exteriores, Joseph Wu. "A verdadeira intenção de Pequim é alterar o status quo no Estreito de Taiwan e na região da Ásia-Pacífico", acrescentou.
Já o Ministério da Defesa disse que 10 navios e 45 aviões militares chineses foram detectados nos arredores da ilha apenas nesta terça. A China, por sua vez, alega que as manobras militares são "normais" porque Taiwan "faz parte" de seu território.
Entre 11 e 13 de agosto, Pequim ainda deve fazer exercícios de artilharia com munição real no Mar Amarelo, ao norte de Taiwan e diante da Coreia do Sul.
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