O primeiro-ministro do Peru , Aníbal Torres, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (3). O premiê, de 79 anos, acompanhou o presidente do país, Pedro Castillo , desde a campanha à Presidência e foi nomeado ministro da Justiça no primeiro Gabinete, onde ficou até fevereiro, quando se tornou o quarto primeiro-ministro do governo.
"Por motivos pessoais, coloco à sua disposição o cargo de presidente do Conselho de Ministros", escreveu Torres em uma carta enviada a Castillo. "Aproveito esta oportunidade para agradecer pela confiança depositada em mim, primeiro como ministro da Justiça e depois como premiê."
Em meio às polêmicas que envolvem Castillo — investigado por casos de corrupção — Torres se tornou o quarto chefe de Gabinete a deixar o cargo.
O Ministério Público tem cinco investigações abertas contra o presidente, como por suposta corrupção em um projeto de obras públicas, plágio em tese universitária e tráfico de influência em um contrato de aquisição de combustível do Estado.
Além das acusações, Castillo — que acabou de completar um ano no poder, em 28 de julho — já enfrentou duas tentativas de impeachment do Congresso . De acordo com pesquisas, atualmente ele tem reprovação de 74% da opinião pública .
De acordo com a agência de notícias AFP , no Peru, é comum que todos os ministros ponham seus cargos à disposição do presidente quando o primeiro-ministro renuncia. Dessa forma, o mandatário consegue coordenar os membros do Gabinete e administrar as relações do Executivo com os demais poderes do Estado.
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