Presidente do Peru, José Pedro Castillo Terrones, durante encontro com o presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, em Porto Velho, capital de Rondônia
Alan Santos/PR - 03.02.2022
Presidente do Peru, José Pedro Castillo Terrones, durante encontro com o presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, em Porto Velho, capital de Rondônia

O presidente do Peru, Pedro Catillo, afirmou nesta segunda-feira (18) que seu governo irá propor a castração química, entre outras medidas drásticas, como punição para aqueles que cometerem violência sexual contra crianças, adolescentes e mulheres no país, segundo o portal Infobae. O metódo consiste na administração de medicamentos com a finalidade de conter impulsos sexuais.

Recentemente, o caso de um homem que estuprou uma criança de três anos, conhecido como "Monstro de Chiclayo”, chocou o país e levantou o debate sobre políticas públicas de prevenção e erradicação da violência sexual.

"Mão dura e medidas mais severas contra os depravados e degenerados que destroem a vida de famílias inocentes, crianças e jovens", afirmou Castillo. "Apelo ao Judiciário e ao Ministério Público para que agilizem as condenações nesse tipo de caso."

Desde o anúncio do governo peruano de propor a castração química, vários especialistas contestaram a eficácia da medida no combate à violência sexual. Uma delas é a advogada adjunta das crianças e adolescentes do Provedor de Justiça, Matilde Cobeña. Para ela, a proposta é ineficiente, uma vez que, mesmo com penas máximas no Peru, os índices de violência no país não diminuíram.

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"Temos prisão perpétua como pena. Isso deteve os agressores?", questionou Matilde.

Por sua vez, o ex-ministro da Saúde, Alberto Tejada, ponderou ainda que, para aplicar essa medida, seria necessário fazê-lo de forma mensal, trimestral ou semestral. Dessa forma, seria possível reduzir os níveis de testosterona e libido do indivíduo de forma progressiva e permanente.

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