O presidente interino recém-nomeado do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, prometeu reprimir os protestos que derrubaram seu antecessor,Gotabaya Rajapaksa, acusando os manifestantes de “foras da lei” e "fascistas".
Menos de uma hora depois de ter sido escolhido pelo parlamento - para um mandato tampão até novembro de 2024 - uma ordem judicial foi emitida, proibindo qualquer cidadão de se reunir em um raio de 50 metros de distância do palácio presidencial, em Colombo, onde manifestantes, estimulados pelo colapso econômico do país, estão acampados há meses.
A ordem não só foi ignorada pela população, como dezenas de pessoas ainda se reuniram nas escadarias dos gabinetes do presidente, gritando frases de ordem como “deal Ranil” – uma referência à reputação de Wickremesinghe como político ardiloso – e também “Ranil assaltante de banco”, referindo-se a uma fraude de títulos bancários em que estava envolvido.
A agitação segue no país, e espera-se que nesta quinta-feira o presidente nomeie o líder do parlamento e seu antigo colega de escola Dinesh Gunawardena como primeiro-ministro. Segundo reportagem do The Guardian, Gunawardena é conhecido como fortemente leal ao antigo presidente Rajapaksa, o que pode significar mais combustível para protestos, sob a desconfiança de o novo governo não passar de continuidade ao que foi deposto.
O agora ex-presidente Gotabaya Rajapaksa fugiu do país e renunciou no início do mês de julho, diante de protestos em massa em função da grave crise econômica vivida no Sri Lanka - a nação quase esgotou os suprimentos de alimentos e combustível, já que não tem mais moeda estrangeira para pagar importações cruciais.
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