O Exército ucraniano acusou nesta sexta-feira (1º) a Rússia de atacar a Ilha das Serpentes, local estratégico pertencente à Ucrânia no Mar Negro, com bombas de fósforo branco.
Esse tipo de substância é altamente tóxica e inflamável e pode provocar desde queimaduras graves até necroses. Uma convenção assinada em Genebra em 1980 proíbe a utilização de fósforo branco contra populações civis ou contra alvos militares dentro de uma área civil.
"Hoje, por volta das 18h aviões da Força Aérea russa atacaram duas vezes com bombas de fósforo na ilha Zmiinyi", afirmaram as tropas de Kiev no Facebook.
De acordo com o comandante das forças armadas ucranianas, Valery Zaluzhny, citado pela Unian, os caças russos Su-30 lançaram as bombas proibidas na Ilha das Serpentes, de onde as forças de Moscou se retiraram nas últimas horas.
"A liderança das forças armadas da Federação Russa nem sequer respeita as suas próprias declarações, depois de afirmar que tinham deixado a ilha como um gesto de boa vontade", acrescentou ele, ao publicar um vídeo da suposta ofensiva.
Segundo Zaluzhny, "a única coisa em que o inimigo é consistente é a constante precisão no ataque". Ontem (30), as Forças Armadas da Rússia anunciaram sua retirada da Ilha das Serpentes para não atrapalhar os esforços da ONU para liberar a exportação de grãos da Ucrânia, de acordo com Moscou.
Por sua vez, Kiev chegou a comemorar a "libertação" de um território estratégico e disse que a região de Odessa agora estava livre do domínio russo.
A Ilha das Serpentes se tornou simbólica para a resistência ucraniana por conta da recusa dos guardas que protegiam o local em aceitar as ordens de rendição dadas pela Rússia.
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