A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, nesta quinta-feira (23), que o porte de armas em público não pode ser restringido por leis estaduais. A corte considerou como inconstitucional uma lei do estado de Nova York que determinava que os cidadãos deveriam apresentar uma justificativa caso quisessem andar com uma pistola nas ruas. Seis dos nove juízes julgaram que restrições assim vão contra a Segunda Emenda da Constituição americana, que garante o "direito de posse e porte de armas".
"Como o Estado de Nova York emite licenças de porte público apenas quando um requerente demonstra uma necessidade especial de autodefesa, concluímos que o regime de licenciamento do Estado viola a Constituição", escreveu o juiz Clarence Thomas.
Atualmente, 25 estados permitem que as pessoas carreguem armas fora de casa na maioria dos espaços públicos sem qualquer permissão, verificação de antecedentes ou treinamento de segurança. Além de Nova York, outros seis estados americanos têm leis semelhantes no que diz respeito ao porte de armas: Califórnia, Delaware, Havaí, Maryland, Massachussetts e Nova Jersey. Agora com a mudança, se torna permitido circular livremente com armas também nesses estados.
Análises iniciais apontam a decisão como uma das maiores expansões do direito de portar armas já feitas nos EUA, o que é visto com bastante preocupação por especialistas em segurança pública. Em menos de um mês, o país chegou a registrar 36 mortes por ataques a tiro . A sequência de tragédias teve início em 14 de maio, com a morte de 10 pessoas em um supermercado de Buffalo, em Nova York , e terminou em 2 de junho, quando quatro pessoas perderam a vida em um hospital em Tulsa, em Oklahoma .
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