Protestos indígenas: Equador declara estado de exceção em 3 províncias
Policia Ecuador/ Fotos Públicas
Protestos indígenas: Equador declara estado de exceção em 3 províncias

O presidente de Equador, Guillermo Lasso, declarou estado de exceção em três províncias mais afetadas por um protesto indígena, que há cinco dias causa bloqueios em estradas do país.

A crise interna ainda deixou ao menos 43 feridos e 37 detidos até o momento. As manifestações ocorrem em ao menos 11 das 24 províncias do país. As manifestações da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), reivindica a queda de preços dos combustíveis.

Os protestos por todo o país resultaram em choques com policiais e o fechamento intermitente de acessos à capital, Quito, e seu aeroporto.

"Me comprometo a defender nossa capital e o país. Isso me obriga a declarar o estado de exceção em Pichincha [cuja capital é Quito], Imbabura e Cotopáxi a partir da meia-noite de hoje (2h deste sábado, em Brasília)", disse o presidente, em um pronunciamento transmitido pela televisão.

Estado de exceção consiste numa medida temporária usada em situações emergenciais por um governo. Neste casos, por norma, alguns direitos individuais dos cidadãos podem ser suprimidos, visando o estabelecimento da ordem e paz social. O estado de exceção é válido em casos extremos, quando os cidadãos e instituições não podem depender da legislação para se defenderem.

Reinvidicações 

A Conaie reivindica uma diminuição nos preços dos combustíveis. Entre maio de 2020 e outubro de 2021, o diesel subiu 90% e a gasolina em 46%. Os indígenas também protestam contra a falta de emprego e a entrega de concessões de mineração em seus territórios. Eles exigem também o controle de preços dos produtos agrícolas.

Para desmobilizar os protestos, o presidente anunciou, na sexta-feira (17), uma série de compensações, como elevar de US$ 50 para US$ 55 um bônus econômico para "aliviar a difícil situação" das famílias mais pobres.

Lasso também subsidiará até 50% do preço da ureia (fertilizante) para pequenos e médios agricultores e ordenou ao banco estatal que perdoe empréstimos vencidos de até US$ 3 mil para fomentar a produtividade.

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