O primeiro ministro do Sri Lanka, Mahinda Rajapaska, renunciou nesta segunda-feira (9), horas depois que seus apoiadores instigaram confrontos com oponentes do governo nas ruas de Colombo, capital do país. O ocorrido deixou 150 feridos e três mortos e levou a polícia a decretar toque de recolher em todo o Sri Lanka. As informações são do jornal americano The New York Times
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Segundo o NYT, ainda não está claro se a decisão de Rajapaksa de renunciar agradou os oponentes do governo, que exigem a renúncia do presidente do país e irmão mais novo do primeiro-ministro, Gotabaya Rajapaksa, de 72 anos. Mas, é certo que a concessão do irmão mais velho, que tem 76 anos, aproximou os manifestantes de seu objetivo — se livrar da família Rajapaksa e reverter o que eles chamam de “políticas ruinosas”.
"Com efeito imediato, apresentei minha renúncia como primeiro-ministro ao presidente", escreveu Mahinda no Twitter.
À medida que os preços dos alimentos dispararam e a ilha de 22 milhões de pessoas luta contra a escassez de produtos de necessidade básica, como remédios, combustível e eletricidade, os manifestantes foram às ruas em todo o país em protestos amplamente pacíficas.
De acordo com o ministro das Finanças, Ali Sabry, as reservas cambiais utilizáveis do Sri Lanka encolheram para menos de US$ 50 milhões (R$ 255,3 milhões) e, nas últimas semanas, o país tem contado com linhas de crédito de aliados como a Índia para suprir necessidades básicas.
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