O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, foi forçado se abrigar em um refúgio antiaéreo durante uma visita surpresa à cidade portuária de Odessa, no sul da Ucrânia, nesta segunda-feira (9).
A fuga de emergência foi provocada por um alarme a respeito de ataques com mísseis da Rússia e interrompeu o encontro de Michel com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal.
O belga viajou a Odessa por ocasião do Dia da União Europeia, embora a cidade - terceira mais populosa da Ucrânia - ainda seja alvo de bombardeios russos. A visita também coincidiu com o Dia da Vitória, data que celebra a rendição nazista para as forças soviéticas na Segunda Guerra Mundial.
"Durante o encontro com o primeiro-ministro, os participantes precisaram interromper a reunião para se refugiar contra os mísseis lançados contra a região de Odessa", disse uma fonte da UE à agência AFP.
O Conselho Europeu é o principal órgão político do bloco e reúne os líderes dos 27 Estados-membros. Como presidente, Charles Michel tem a função de mediar negociações entre chefes de Estado e de governo e de representar a UE internacionalmente.
"Estou muito feliz que a União Europeia, em seu nível mais alto, apoie a Ucrânia em uma época quando manifestações de nazismo são revividas", diz um comunicado divulgado pelo presidente Volodymyr Zelensky.
Durante a missão, Michel visitou o Porto de Odessa, o principal do país, para verificar os "impactos da guerra russa nas cadeias globais de suprimentos" - o local está com dezenas de toneladas de grãos paradas devido ao bloqueio naval imposto por Moscou no Mar Negro.
"O Kremlin quer executar seu espírito de liberdade e democracia, mas estou convencido de que jamais conseguirão. Vim para Odessa no Dia da Europa com uma mensagem simples: vocês não estão sozinhos. Estamos com vocês e os ajudaremos a construir um país moderno e democrático", prometeu Michel.
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