O deputado britânico Neil Parish, do Partido Conservador, anunciou neste sábado que vai renunciar ao cargo, dias depois de ser acusado de assistir a um vídeo pornô no Parlamento, e de se ver no centro de um escândalo que ameaçava atingir a imagem dos governistas.
Em entrevista à BBC neste sábado, ele afirmou estar profundamente arrependido, e considerou o incidente como algo ocorrido em um "momento de loucura", e que "não está orgulhoso pelo que fez".
Parish, deputado conservador desde 2010, foi acusado por duas deputadas de seu partido de estar assistindo a vídeos pornográficos em pelo menos duas ocasiões, em uma comissão e no plenário da Câmara dos Comuns. Após a denúncia, feita na quarta-feira e que está sendo investigada internamente, ele foi suspenso pela sigla.
Até sexta-feira, ele dizia que não iria renunciar, preferindo aguardar o resultado final do inquérito, mas a situação mudou nas últimas horas, e agora ele afirma que deixará seu assento, possibelmente devido à pressão sofrida dentro do Parlamento e mesmo em seu distrito eleitoral, de Tiverton e Honiton.
À BBC, ele afirmou que, na primeira vez em que foi flagrado, o vídeo apareceu em seu celular de forma acidental, mas na segunda vez se tratou de um ato deliberado.
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"Eu estava sentado esperando para votar no Plenário. O que fiz foi absolutamente errado", disse Parish.
A mulher dele, Sue Parish, com quem é casado há 40 anos, disse considerar o incidente "um pouco estúpido", mas que as acusações eram "muito embaraçosas".
"Ele é um cara normal, uma pessoa amável. É apenas muito estúpido", afirmou Sue, em entrevista ao The Times. "As pessoas não deveriam ver pornografia. Ele nunca se sentaria lá com pessoas olhando. Ele nunca faria isso se soubesse [que alguém estava olhando para ele]".
Após a oficialização da denúncia, será realizada uma eleição em Tiverton e Honiton para escolher um sucessor ou uma sucessora.
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