Um dos membros de um grupo de sequestradores do Estado Islâmico (EI), apelidado de "Beatles", foi condenado nesta sexta-feira à prisão perpétua por um tribunal federal dos Estados Unidos.
Alexanda Kotey, ex-cidadão britânico, se declarou culpado em setembro, admitindo a responsabilidade pela morte de quatro reféns americanos. Entre eles, estavam os jornalistas James Foley e Steven Sotloff e os trabalhadores humanitários Kayla Mueller e Peter Kassig.
Kotey admitiu ter infligido tortura a reféns, incluindo afogamento e choques elétricos com uma arma de choque. A célula terrorista da qual ele fazia parte recebeu o nome da banda inglesa devido ao forte sotaque britânico de seus membros.
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Outro membro dos 'Beatles' do Estado Islâmico, El Shafee el-Sheikh, preso com Kotey pelas forças curdas em 2018, foi condenado em abril após um julgamento exaustivo e receberá a sua sentença nos próximos meses.
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O advogado de Kotey disse durante a audiência que, em um esforço para "fazer as pazes", Kotey deseja se encontrar com familiares das vítimas. O juiz americano T.S Ellis, de Alexandria, na Vírginia, concordou em manter o terrorista preso na cidade até julho, o que facilitaria as reuniões com parentes dos mortos.
Como parte de um acordo, as autoridades dos EUA concordaram em transferir o homem para uma prisão no Reino Unido dentro de 15 anos. Os Estados Unidos também aceitaram não submeter o terrorista à pena de morte, atendendo a demandas britânicas.
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