Nesta quarta-feira (27), o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, disse que a guerra na Ucrânia “não terminará com reuniões”. Segundo ele, o fim do conflito será “quando a Federação Russa decidir encerrá-lo”.
Em entrevista à CNN, Guterres afirmou que é necessário um cessar-fogo e um acordo político sério. “Podemos ter todas as reuniões, mas não é isso que vai acabar com a guerra”, disse.
Na terça (26), Guterres se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin. O secretário-geral da ONU disse que reforçou o que vem dizendo desde o início da guerra: a invasão russa é uma violação da Carta da Organização. Depois do encontro, Putin afirmou que “espera alcançar acordos” com a Ucrânia “por meio de um canal diplomático”.
De acordo com Putin, a Ucrânia e a Rússia tiveram um “grande avanço” nas negociações depois de se reunirem em Istambul, na Turquia, em 29 de março. Mas, por conta dos relatos de mortes de civis por forças russas em Bucha, a situação mudou “drasticamente”, afirmou.
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Nesta quinta-feira (28), Guterres está na Ucrânia, onde vai se encontrar com o presidente do país Volodymyr Zelensky. Durante a manhã, esteve em Bucha, Irpin e Borodyanka. O secretário-geral apelou à cooperação de Moscou com o TPI (Tribunal Penal Internacional) para investigar possíveis crimes de guerra.
“Sempre que há uma guerra, o preço mais alto” é pago pela população, declarou a jornalistas. “Imagino a minha família em uma daquelas casas que está agora destruída e negra. Vejo as minhas netas fugindo em pânico. Parte da família, morta. A guerra é um absurdo no século 21. A guerra é maligna. Não há maneira de a guerra ser aceitável no século 21” , falou.
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