O Secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, se reuniu nesta terça-feira (26) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para debater a guerra na Ucrânia.
No encontro, cuja duração foi de cerca de uma hora, Putin teria falado a Guterres que as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia continuam sendo realizadas de forma online e enfatizou que espera que as conversas produzam um resultado positivo.
Para ele, no entanto, sem um acordo sobre a Crimeia e a região do Donbass não é possível assinar garantias de segurança na Ucrânia".
O líder russo explicou que a situação na cidade portuária de Mariupol "é difícil, talvez trágica". Desde a semana passada, Kiev e Moscou tentam sem sucesso um acordo para realizar a evacuação dos soldados e civis da região no sul da Ucrânia.
De acordo com o porta-voz adjunto do secretário-geral da ONU, Farhan Haq, foi decidido que operações para estabelecer um grupo de contato humanitário e colaboração específica com a Cruz Vermelha para ajudar os habitantes de Mariupol começarão "no território o mais rápido possível".
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Além disso, Putin reforçou que a Rússia está pronta para permitir que os representantes da Cruz Vermelha e da ONU verifiquem o tratamento dos prisioneiros de guerra ucranianos.
Durante a reunião, o presidente russo também garantiu que a siderúrgica Azovstal em Mariupol está totalmente isolada e não ocorrem ações de combate lá. "Se as forças de Kiev não libertarem civis em Azovstal, eles se comportarão como terroristas", acrescentou Putin, citado pela agência Tass.
Guterres, por sua vez, explicou que "qualquer regra estabelecida deve ser estabelecida com o consentimento da comunidade internacional e em conformidade com o direito internacional".
"Essa questão deve ser resolvida com instrumentos estabelecidos pelo estatuto da ONU", concluiu.
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