Mariupol foi um dos principais alvos da Rússia na guerra
Reprodução 18/03/2022
Mariupol foi um dos principais alvos da Rússia na guerra


A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu neste domingo (24) uma trégua "imediata" em Mariupol para evacuar os civis que ainda estão na cidade ucraniana, quase totalmente controlada pelas tropas russas .

"É preciso fazer uma pausa imediata nos combates para salvar vidas. Quanto mais esperarmos, mais vidas estarão em risco. Eles devem ser autorizados a sair agora, hoje. Amanhã será tarde demais", afirmou o coordenador da ONU na Ucrânia, Amin Awad, em comunicado.

Segundo a ONU, "as vidas de dezenas de milhares de pessoas, incluindo mulheres, crianças e idosos, estão em jogo em Mariupol".

O pedido é feito no dia em que a vice-primeira-ministra de Kiev, Iryna Vereschuk, afirmou que os corredores humanitários que as autoridades ucranianas tentavam organizar a partir de Mariupol falharam novamente.
Apesar disso, outra tentativa será feita amanhã. No momento, os planos de evacuação de civis não incluem a retirada dos ucranianos presos dentro da siderúrgica Azovstal.

Nesta segunda (25), o secretário-geral da ONU, António Guterres, irá à Turquia - principal mediador do conflito na Ucrânia - antes de seguir para Moscou e Kiev. "O secretário-geral viajará para Ancara, na Turquia, onde, no dia 25 de abril, será recebido pelo presidente Recep Tayyip Erdogan", diz um comunicado da ONU.

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Guterres visitará Moscou na terça (26) e depois seguirá para Kiev para tentar negociar o fim da invasão russa, que já matou milhares e deslocou mais de 10 milhões de ucranianos desde 24 de fevereiro. Os combates intensos continuam no leste do país e dezenas de civis e soldados ucranianos permanecem presos no porto sitiado de Mariupol.

Ontem, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky criticou a decisão do diplomata português de ir primeiro a Moscou e só depois a Kiev, dizendo que "não havia justiça e lógica nessa ordem".

"A guerra está na Ucrânia, não há cadáveres nas ruas de Moscou.
Seria lógico ir primeiro à Ucrânia para ver as pessoas de lá e as consequências da ocupação", acrescentou.

A Turquia, por sua vez, procurou mediar o fim do conflito realizando reuniões entre negociadores russos e ucranianos em Istambul e outra entre os ministros das Relações Exteriores dos dois países em Antália.

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