A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou a suspensão temporária do status de observador da Rússia, uma medida que permanecerá em vigor até que o país "cesse suas hostilidades" e "retire" suas tropas da Ucrânia . O Brasil se absteve na votação.
A resolução, aprovada por 25 votos, aponta que a organização está "alarmada pelo crescente número de mortes e o deslocamento de pessoas", e que está "comovida pelos informes de terríveis atrocidades cometidas pelas Forças Armadas russas em Bucha, Irpin, Mariupol, em outras cidades ucranianas e na estação de trem de Kramatorsk", onde morreram mais de 50 pessoas, no começo de abril.
Ao todo, oito nações se abstiveram: além do Brasil, Argentina, Bolívia, El Salvador, Honduras, México, São Cristóvão e Névis e São Vicente e Granadinas. Em sua exposição, o representante brasileiro afirmou que o isolamento da Rússia não é construtivo para uma resolução diplomática para o conflito.
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A medida seguirá válida até que "o governo russo cesse suas hostilidades, retire todas as suas forças e equipamentos militares da Ucrânia, dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas e volte ao caminho do diálogo e da diplomacia".
Em comunicado, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, elogiou a aprovação da medida, e afirmou que "nosso hemisfério está com a Ucrânia".
"A OEA envia uma mensagem clara ao Kremlin. Um grande número de países nas Americas pediu ao Kremlin que coloque fim à sua guerra inescrupulosa, que retire suas forças e siga a Lei internacional", escreveu Blinken. O status de país observador permanente, também conferido a nações como Japão, China e à própria Ucrânia, foi conferido à Rússia há cerca de três décadas, logo após o fim da União Soviética.
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