As imagens captadas logo após a explosão que a Ucrânia diz ter sido um ataque, mas a Rússia nega
Reprodução/Redes Sociais - 18.04.2022
As imagens captadas logo após a explosão que a Ucrânia diz ter sido um ataque, mas a Rússia nega

Pelo menos 37 pessoas morreram, 100 ficaram feridas, e centenas desaparecidas, após o naufrágio do navio Moskva, uma importante peça para a Rússia no Mar Negro , segundo o portal "Meduza", independente do governo russo, citando como fonte uma próxima ao comando da frota. Os corpos das vítimas teriam sido enviados para Sebastopol, na Crimeia, na última sexta-feira, dia 15.

O comunicado oficial do Ministério da Defesa da Rússia diz, por outro lado, que a tripulação foi retirada, sem dar qualquer relação de vítimas, e justifica o episódio como resultado de um incêndio provocado pela explosão de munições.A Ucrânia, porém, afirma que suas forças afundaram o navio em um ataque com mísseis.

Nos últimos dias, depoimentos publicados na imprensa e divulgados nas redes sociais mencionam marinheiros desaparecidos, cujo número ainda não é conhecido. No total, havia cerca de 500 pessoas a bordo. Em uma cerimônia em tributo ao navio afundado, jornalistas notaram uma fita memorial que dizia: “Para o navio e seus marinheiros”.

Entre os mortos, estariam o suboficial Ivan Vakhrushev e o marinheiro de primeira classe Vitaly Begersky, informou o "Meduza" no último dia 18. A mulher de Vakhrushev e a prima de Begersky confirmaram suas mortes à "Radio Liberty" e ao site "Agentstvo".

Um homem que mora na Crimeia, identificado como Dmitri Shkrebrets, se apresentou como pai de um desaparecido e publicou no domingo uma mensagem na rede social Vkontakte em que perguntava por quê seu filho, um simples recruta, estava em zona de combate.

Também na Crimeia, uma mulher identificada como Yulia Tsyvova afirmou à "BBC" que seu filho de 19 anos, Andrey, serviu na Frota do Mar Negro da Rússia como marinheiro recrutado e está desaparecido.

Na região de Sverdlovsk, na Rússia, uma mãe chamada Anna Syromyasova escreveu nas redes sociais que seu filho também desapareceu a bordo do Moskva.

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“Não há listas. Nós mesmos os procuramos. Eles não nos dizem nada”, explicou ela.

Nesta terça-feira, o Kremlin se negou a comentar os relatos sobre marinheiros desaparecidos no naufrágio do Moskva.

Segundo o Ministério da Defesa, o navio sofreu “uma detonação de munição” que desencadeou um incêndio. O navio de guerra então supostamente afundou enquanto era rebocado para o porto devido a uma tempestade. Mas as autoridades ucranianas afirmam que atingiram o Moskva com vários mísseis antinavio R-360 Neptune.

"Todas as informações são divulgadas pelo ministério da Defesa. Não temos a prerrogativa de comunicar", disse o porta-voz da presidência, Dmitri Peskov.

No sábado, o ministério russo da Defesa divulgou um vídeo que apresentou como o encontro entre um comandante da Marinha e dezenas de resgatados do navio.

A Rússia admitiu em 25 de março 1.351 baixas entre suas forças durante a operação na Ucrânia, um balanço impossível de ser verificado com fontes independentes e que não foi atualizado desde então.

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