O navio mais importante da Marinha da Rússia no Mar Negro foi "seriamente danificado" após uma explosão a bordo, de acordo com a mídia estatal russa nesta quinta-feira (14). O incidente não foi identificado como um ataque, mas, segundo Kiev, o ocorrido foi causado por mísseis lançados pelas tropas ucranianas.
"Como resultado de um incêndio, munição foi detonada no cruzador de mísseis Moskva. O navio foi seriamente danificado", informou o Ministério da Defesa russo, dizendo que a causa do incêndio ainda está sendo identificada e que a tripulação precisou ser retirada da embarcação.
Anteriormente, o governador de Odessa, na Ucrânia, afirmou que forças ucranianas atingiram o navio, chamado Moskva, com mísseis. "Mísseis Netuno protegendo o Mar Negro causaram danos muito sérios ao navio russo. Glória à Ucrânia!", disse o governador Maksym Marchenko.
Nas redes sociais, um porta-voz da administração militar de Odessa, Serguei Bratchuk, também afirmou que, "de acordo com os dados disponíveis, a causa dos 'danos graves' foram os mísseis de cruzeiro domésticos 'Netuno'". Já o conselheiro presidencial ucraniano Oleksiy Arestovych disse apenas que "uma surpresa aconteceu" com o Moskva.
"Ele queima fortemente. Agora mesmo. E com este mar tempestuoso, não se sabe se eles poderão receber ajuda", acrescentou.
O possível naufrágio da embarcação cruzadora de mísseis seria um grande golpe para a Rússia. No final de fevereiro, dois navios de carga da Rússia foram atingidos por um ataque de mísseis ucranianos no Mar de Azov, em um ataque inédito da Ucrânia.
As tropas russas têm lançado mísseis de cruzeiro contra a Ucrânia e as atividades no Mar Negro são fundamentais para continuar as operações em terra no sul do território, como as operações para tomar o controle de Mariupol.
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De acordo com o Ministério da Defesa russo, no entanto, a embarcação não afundou e as explosões já pararam.
"O foco do incêndio foi contido, não há mais chamas. As explosões de munição cessaram. O 'Moskva' mantém sua flutuabilidade", disse o ministério. "Foram tomadas medidas para rebocar o navio ao porto", acrescentou.