Diversas autoridades ocidentais abandonaram uma reunião de ministro das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 nesta quarta-feira (20) no momento em que o representante russo Anton Siluanov começou a discursar.
O boicote expõe divisões cada vez mais intensas sobre a permanência da Rússia no grupo em decorrência à ofensiva autorizada pelo governo de Vladimir Putin na Ucrânia.
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, além de autoridades da Ucrânia, do Reino Unido e Canadá estão entre os que deixaram a sala de reuniões quando representantes da delegação russa tomaram a palavra.
Segundo fontes diplomáticas, o comissário de Economia da União Europeia, o italiano Paolo Gentiloni, também deixou a sessão durante a fala do ministro russo. Mais cedo, ele já havia destacado "forte condenação da UE à agressão militar da Rússia".
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Para o ex-premiê da Itália, "o impacto da invasão russa da Ucrânia na economia global é significativo" e "a elevada incerteza e os riscos negativos para a recuperação global evidenciam a necessidade de uma forte coordenação da política econômica".
Já a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, pediu para o vice-ministro das Finanças do país, Timur Maksimov, transmitir a Moscou uma mensagem clara - que acabe com a guerra na Ucrânia.
Siluanov, por sua vez, pediu a seus parceiros do G20 que evitem a politização do diálogo e destacou que o grupo "sempre foi e continua sendo o primeiro formato econômico".
"Nunca nos recusamos a honrar nossas obrigações e nossos contratos. É óbvio que a oferta de energia e produtos agrícolas nos mercados internacionais está artificialmente limitada, causando um desequilíbrio e um forte crescimento de preços", enfatizou o ministro russo, observando como o aumento dos preços afetará principalmente as economias em desenvolvimento e de baixa renda.
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