O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, "tem responsabilidade sobre os crimes de guerra" cometidos na Ucrânia. A declaração desta terça-feira (19) é mais uma a aumentar o tom das acusações ocidentais contra o líder do Kremlin.
"A invasão russa na Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional e a morte de civis constitui crimes de guerra pelos quais o presidente russo é responsável. [...] Sentimos uma dor imensa pelas vítimas e também uma grande raiva contra o presidente russo por essa guerra sem sentido", disse Scholz em uma declaração após um reunião virtual com líderes ocidentais.
O chanceler alemão ainda voltou a afirmar que a Rússia "não vai vencer essa guerra" e informou que seu país solicitou "para a indústria alemã de armas para nos informar o que pode ser expedido rapidamente" e a Ucrânia "faz escolhas dessa lista". "Nós ainda colocamos dinheiro para a compra disso", pontuou.
Entre os armamentos para Kiev, estão armas antitanques e antiaéreas, munições e também o que "pode ser usado em uma batalha de artilharia". Scholz, porém, ressaltou que cada decisão de envio é compartilhada com os parceiros da União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e que "iniciativas solitárias da Alemanha" seriam erradas.
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O líder alemão ainda reforçou que, apesar da guerra apontar para uma nova ofensiva intensa no leste da Ucrânia, a Otan não vai interferir diretamente no conflito para não ampliá-lo ainda mais.
Recentemente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu que os países reconheçam que Moscou está cometendo um genocídio no país, mas apenas o norte-americano Joe Biden adotou o termo.
Os países da União Europeia, especialmente, estão mais cuidadosos ao escolherem as palavras e falam em "crimes de guerra" cometidos no território ucraniano.