As tropas da Rússia e do território separatista de Donetsk reforçaram os ataques para tentar conquistar Mariupol, cidade do sudeste da Ucrânia que está sitiada há quase um mês e meio.
Situado às margens do Mar de Azov, o município pertence à região de Donetsk, cuja soberania é defendida por Moscou, e é o mais devastado pelos bombardeios russos desde o início da guerra, com um saldo de mais de 10 mil mortos na população civil, segundo autoridades ucranianas.
No início desta quarta-feira (13), a Rússia anunciou que mais de mil fuzileiros navais da Ucrânia haviam se rendido em Mariupol, mas o Ministério da Defesa de Kiev diz não ter nenhuma informação sobre isso.
Por outro lado, alguns militares se juntaram ao Batalhão de Azov, milícia acusada pela Rússia de ligações com o neonazismo e que tem sua origem justamente em Mariupol. Além disso, foram registrados combates corpo a corpo na planta siderúrgica Azovstal, um dos pontos estratégicos da cidade, já que passou a ser usada como base militar pelos ucranianos.
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O endurecimento dos confrontos impediu a abertura de corredores humanitários nesta quarta, embora mais de 100 mil civis ainda aguardem para ser evacuados de Mariupol. A Turquia inclusive colocou navios militares à disposição para retirar a população remanescente na cidade.
A Prefeitura de Mariupol suspeita que a Rússia queira organizar uma "parada da vitória" no próximo dia 9 de maio, aniversário da rendição nazista na Segunda Guerra Mundial. No entanto, o prefeito Vadym Boichenko garantiu que a cidade "será para sempre ucraniana".
"Os russos destruíram hospitais e toda a cidade. Isso é um genocídio praticado por um criminoso de guerra, Putin, contra nossa nação. Enquanto resistirmos, a Ucrânia também resistirá", acrescentou.
As forças russas estão usando até crematórios móveis para se livrar dos corpos nas ruas e evitar que imagens como as de Bucha se repitam.
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