Pessoas foram baleadas em estação de Nova Iorque
Reproducao / CNN
Pessoas foram baleadas em estação de Nova Iorque

O ataque que vitimou ao menos 10 pessoas no metrô do Brooklyn , em Nova York, nos Estados Unidos, deixou um rastro de medo nos moradores da cidade.

Por volta das 8h30 da manhã, horário de pico no transporte público local, um homem abriu fogo contra passageiros em uma estação que fica a cerca de 30 minutos de Manhattan.

A atriz brasileira Ana Beatriz de Paula, de 25 anos, que trabalha como babá no país, por muito pouco não presenciou o ataque. Ela passou pela linha atingida cerca de meia hora antes do incidente quando se dirigia ao trabalho. Chegando lá, se deu conta da situação.

"Eu não estava no local por uma questão de minutos. Não presenciei, mas estou com muito medo. Faço esse trajeto todos os dias", conta.

Para voltar para casas, ela deve contar com a ajuda dos patrões. "[As estações] não estão em funcionamento. Meus chefes devem pagar um Uber", comenta.

Maria Júlia Faria de Araujo, de 29 anos, que também trabalha como babá e se mudou para o Brooklyn há apenas uma semana, ainda não sabe como vai voltar para casa.

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"Não tem outra forma [além do metrô] de voltar para casa. A outra forma seria o Uber, mas está muito caro. Se a gente não tiver opção, vai ter que ser isso. Eu tenho medo de andar sozinha na rua, e é longe andando", conta, aflita.

"Pelo que pesquisei, aqui [linas que ela tem acesso] ainda estão funcionando. Mas não sei se mais tarde estarão funcionando ainda. Espero que esteja..."

O medo de estar nas ruas não se restringe aos brasileiros. Diretora criativa de uma agência de publicidade e podcaster, a norte-americana Liz Grumbinner afirma que seus colegas temem o fato do autor dos disparos ainda estar foragido.

"Preferimos não estar no transporte público enquanto um atirador está foragido", disse à reportagem do iG. "Para aqueles que viveram o 11 de setembro, ainda resta um trauma quando ouvimos qualquer coisa sobre um possível ataque terrorista", completa.

Ela afirma que todos em Nova York, impactados direta ou indiretamente, lamentam muito pelo ocorrido. Familiares ligam e enviam mensagens a todo instante para os colegas de escritório para verificar se estão bem.

"Estamos planejando pegar táxis para ir embora. A empresa enviou o almoço para que ninguém precisasse sair do escritório. Realmente cuidamos um dos outros em Nova York", finaliza.

** Filha da periferia que nasceu para contar histórias. Denise Bonfim é jornalista e apaixonada por futebol. No iG, escreve sobre saúde, política e cotidiano.

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