Destruição em Gostomel, na Ucrânia
Reprodução / Twitter - 05.04.2022
Destruição em Gostomel, na Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a troca de comando da "operação militar especial" na Ucrânia. A invasão já dura um mês e meio, e a mudança vem após baixas de generais e comandantes do alto escalão. O novo comandante é Alexander Dvornikov, general que chefia o Distrito Militar do Sul da Rússia desde 2016 e teve notável atuação na guerra na Síria.

Segundo a BBC, o Kremlin busca, com a mudança no comando, centralizar a coordenação dos quase 100 batalhões táticos que estão na Ucrânia. A ideia é que as operações sejam mais bem pensadas, e não 'independentes', como tem ocorrido neste primeiro mês e meio de invasão.

Alexander Dvornikov tem familiaridade com esse tipo de confronto por ter tido destaque na guerra da Síria, então a Rússia espera que o general possa unificar o exército nacional, de modo a tornar as ofensivas mais efetivas.

Durante a intervenção russa na Síria, Dvornikov foi o primeiro comandante das Forças Armadas russas, enviado pelo Kremlin em 2015 para proteger o regime de Bashar al-Assad contra o Estado Eslâmico e outras facções de oposição formadas a partir da insurreição de 2011. A guerra da Síria serviu para testes para o Exército russo.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 350 mil pessoas morreram nos mais de 11 anos de guerra civil na Síria. A Rússia não é transparente sobre o número de perdas que seu Exército já teve desde a invasão na Ucrânia. O último dado oficial, divulgado em 25 de março, cita 1.351 mortos entre os combatentes russos. A Ucrânia garante que esse número é maior.

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