Um míssil que atingiu uma estação de trem em Kramatorsk, no Leste da Ucrânia, nesta sexta-feira (8) , tinha escrito "para crianças" em russo, de acordo com os jornais Meduza e Sky News . O ataque deixou ao menos 39 mortos no local, incluindo quatro crianças.
De acordo com o governador da região, Pavlo Kyrylenko, ao menos dois mísseis atingiram Kramatorsk, onde "havia milhares de pessoas".
Tradutores da Sky News disseram que é possível ver, por meio das imagens compartilhadas nas redes sociais, as palavras "para" e "crianças" em pintadas russo, e que o sentido da frase seria algo como "pelo que foi feito com as crianças".
De acordo com o jornal britânico, a Rússia tem sugerido que as forças ucranianas estariam matando crianças na região de Donbass, que faz fronteira com o território russo . O governador da região de Donetsk , Pavlo Kyrylenko, disse que "os 'fascistas russos' sabiam muito bem para onde estavam mirando e o que queriam: semear pânico, medo e levar o maior número de civis possível".
O Ministério da Defesa russo negou ter atacado a estação, mas o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky
acusou as forças do Kremlin de "destruir cinicamente a população civil".
A jornalistas, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as forças armadas russas não tinham missões programadas para Kramatorsk.
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Segundo as autoridades da Ucrânia, o ataque atingiu pessoas que esperavam para sair do país. O chanceler do país, Dmytro Kuleba, disse que a ação foi um "massacre deliberado".
"Os russos sabiam que a estação de trem em Kramatorsk estava cheia de civis esperando para serem evacuados. No entanto, eles o golpearam com um míssil balístico, matando pelo menos 30 e ferindo pelo menos cem pessoas. Este foi um massacre deliberado. Levaremos cada criminoso de guerra à justiça", escreveu ele nas redes sociais.
O secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, também condenou o ataque. "Eram mísseis de precisão direcionados a pessoas que tentam buscar abrigo humanitário. Não é a primeira vez — na verdade, infelizmente, é uma repetição de muitas ocasiões em que o Estado russo — o presidente Putin e seus generais — procuram levar a guerra para civis, áreas civis e infraestrutura nacional civil", afirmou.