Kremlin
Pavel Kazachkov/Creative Commons
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Moscou espera que a guerra da Ucrânia — chamada na Rússia de operação militar especial — possa ser concluída em um futuro próximo, disse o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov a repórteres nesta sexta-feira.

Peskov concedeu a informação primeiro em um entrevista ao canal de TV britânico Sky News transmitida na noite de quinta-feira, e a repetiu nesta sexta à agência russa Tass.

"[Esperamos que] Em um futuro próximo, a operação atinja seus objetivos ou termine com as negociações entre as delegações russa e ucraniana", afirmou à Tass.

Quando pedido para justificar a sua previsão, Peskov disse que “a operação continua, os objetivos estão sendo alcançados”.

"Um trabalho substancial está sendo realizado tanto do lado dos militares, em termos de avanço da operação, quanto do lado dos negociadores que estão no processo de negociação com os ucranianos", afirmou.

A inteligência americana afirmou nesta semana que Vladimir Putin espera poder proclamar alguma vitória até o dia 9 de maio, data em que o país comemora a vitória sobre o nazismo na Segunda Guerra Mundial com um desfile de tropas e armamentos pela Praça Vermelha em frente ao Kremlin. As autoridades dizem que Putin quer comemorar alguma espécie de vitória sobre a Ucrânia naquele dia.

Na semana passada, a Rússia revisou sua estratégia de guerra na Ucrânia para se concentrar em tentar assumir o controle do Donbass e de outras regiões no Leste da Ucrânia. Se assumir partes deste território, Putin terá algum tipo de conquista que o permitirá reivindicar vitória domesticamente.

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Atualmente, a Rússia remaneja tropas do Norte para o Leste, antes de relançar a campanha com mais vigor. Enquanto isso, as forças do país continuam a travar combates acirrados em cidades como Mariupol.

O principal negociador ucraniano, Mykhailo Podolyak, disse nesta sexta-feira que as partes estão “constantemente” realizando negociações de paz online, mas que o diálogo foi afetado por episódios como a morte de civis em Bucha, nos arredores de Kiev. Há indícios de que a Rússia possa ter cometido crimes de guerra nestes lugares.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse nesta sexta-feira que as negociações não estão indo bem Em uma entrevista coletiva após conversas com o ministro das Relações Exteriores da Armênia, Ararat Mirzoyan, Lavrov afirmou.

"Eu compartilhei com meu colega e amigo como estão se desenvolvendo os contatos de negociação entre as delegações russa e ucraniana. Eles não estão indo bem, mas vamos garantir que todas as tarefas com que essas negociações lidam sejam cumpridas", disse Lavrov.

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