Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e Vladimir Putin, presidente da Rússia
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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e Vladimir Putin, presidente da Rússia

Nesta terça-feira (5), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que é improvável que haja uma conversa direta com o líder russo, Vladimir Putin. Segundo o mandatário ucraniano, os ataques em Bucha são imperdoáveis. Mesmo assim, ele acredita que as negociações de paz devem prosseguir.

“Todos nós, inclusive eu, perceberemos até mesmo a possibilidade de negociações como um desafio”, falou Zelensky em entrevista à imprensa local. “O desafio é interno, antes de tudo, o próprio desafio humano”, alegou, adicionando que não existe “outra escolha” a não ser prosseguir com as conversas com a Rússia.

A Ucrânia informou que foram encontrados dezenas de corpos em valas nas ruas de Bucha, cidade próxima a Kiev, no sábado (2) e no domingo (3). Os investigadores ucranianos também alegaram que há indícios de que civis foram “executados” por militares russos.

Na segunda-feira (4), Zelensky foi até o local e declarou que o massacre atrasa as negociações de paz. Por outro lado, a Rússia nega a autoria do assassinato dos civis. O governo russo disse também que investigará os vídeos e imagens de cadáveres espalhados pelas ruas de Bucha.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia não desconsidera um encontro entre Putin e Zelensky, mas que os países devem antes assinar um documento com resoluções provenientes das negociações.

Ataque em Bucha

O prefeito de Bucha, Anatoly Fedoruk, disse à agência de notícia 'AFP' no sábado (2) que foram encontrados pelo menos 280 corpos pela cidade. “Todas essas foram baleadas na parte de trás da cabeça. Muitos dos corpos tinham bandagens brancas para mostrar que estavam desarmados”, afirmou.

Durante a visita à cidade, Zelensky disse que as mortes em Bucha são “crimes de guerra” que “serão reconhecidos pelo mundo como genocídio”.

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Hoje, o mandatário ucraniano disse que espera que Moscou reconheça o que suas tropas fizeram - o que é improvável, já que o Kremlin já negou quaisquer acusações relacionadas ao assassinato de civis.

“Esta informação deve ser seriamente questionada. Pelo que vimos, nossos especialistas identificaram sinais de falsificação de vídeo e outras falsificações”, disse Peskov no fim de semana.

O ex-presidente e atual vice-secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, declarou que as acusações da Ucrânia “são falsificações maturadas na imaginação cínica da propaganda” do país.

No Telegram, Medvedev afirmou, sem apresentar provas, que Kiev teriasido financiada por empresas ocidentais de relações públicas e de ONGs para tentar incriminar a Rússia.

“Para desumanizar a Rússia e para sua máxima difamação, as feras frenéticas dos batalhões nacionais e unidades de defesa territorial estão preparadas para matar até seus próprios civis”, declarou.

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