O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou nesta segunda-feira (4) com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, e disse que o governo chinês "não busca interesses geopolíticos egoístas na Ucrânia " nem está "indiferente ao conflito" iniciado pela Rússia em 24 de fevereiro.
Este é o segundo telefonema entre os chanceleres em cerca de um mês. "A China tem apenas uma expectativa sincera que é a paz e congratula-se com as conversações entre a Rússia e a Ucrânia, apelando às partes para que se engajem nas negociações, apesar das dificuldades que enfrentam e das diferenças", disse Wang.
Em nota, Pequim reforça que "manterá uma posição objetiva e justa e continuará a desempenhar um papel construtivo à sua maneira".
Durante o telefonema, que ocorreu três dias após a cúpula dos líderes da China e da União Europeia, Wang ressaltou a importância de tiras as lições da crise e encontrar uma maneira "de manter a segurança na Europa, convidando as partes interessadas a conduzirem um diálogo igualitário".
Além disso, os dois chanceleres debateram a necessidade de "criarem um quadro de segurança europeu equilibrado, eficaz e sustentável, baseado no princípio da segurança indivisível".
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"A China acredita que o lado ucraniano tem sabedoria suficiente para fazer escolhas de acordo com os interesses fundamentais de seu povo", acrescentou Wang, agradecendo o governo de Kiev por seus esforços para ajudar na evacuação segura dos cidadãos chineses.
Kuleba, por sua vez, disse que a China é um grande país, "uma força positiva na salvaguarda da paz", e enfatizou que "a Ucrânia está disposta a manter a comunicação bilateral, esperando que continue a desempenhar um papel importante no fim do conflito".
Por fim, o ministro ucraniano acrescentou que "concordou com as opiniões da China sobre a questão da Ucrânia e agradeceu a assistência humanitária ao seu país".
Na semana passada, a União Europeia e a China realizaram um encontro virtual de alto nível e, apesar do debate de diversos assuntos, a guerra na Ucrânia a as relações com a Rússia foram o centro das discussões.
Os europeus voltaram a cobrar Pequim para que ajude no processo de paz e não tente ajudar Moscou a burlar as duras sanções econômicas impostas pelo bloco contra os russos.
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