Viacheslav Chaus, governador da região de Chernihiv, na Ucrânia, afirmou nesta quarta-feira que não houve trégua nos ataques militares da Rússia, apesar de o país vizinho ter anunciado uma redução "drástica" da atividade militar no local durante mais uma rodada de negociações realizada na Turquia.
Chaus usou o canal dele no Telegram para criticar a promessa russa: "Acreditamos nisso? Claro que não", e denunciou que os militares bombardearam Chernihiv "a noite toda".
"Russos atacaram a cidade de Nizhyn, incluindo ataques aéreos, e durante toda a noite eles atingiram Chernihiv", escreveu o governador.
Negociações
A reunião entre russos e ucranianos nesta terça-feira durou quatro horas e resultou no que pareceu ser um avanço na direção de um eventual cessar-fogo e de um acordo posterior que ponha fim à guerra iniciada em 24 de fevereiro.
Um representante do Ministério da Defesa da Rússia anunciou que as tropas do país iriam reduzir os ataques em Kiev e nos arredores da capital ucraniana, além da cidade de Chernihiv, no Norte do país. Já a Ucrânia detalhou sua proposta de aceitar um status de neutralidade militar, incluindo a promessa de que não se juntará à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nem permitirá a presença de militares estrangeiros em seu território, em troca de garantias de segurança.
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O principal negociador russo, Vladimir Medinsky, ressaltou, porém, que a promessa de redução dos ataques ainda não era um cessar-fogo.
"Isso não é um cessar-fogo, mas essa é nossa aspiração, de gradualmente alcançar uma redução do conflito pelo menos nessas duas frentes", disse à agência Tass.
Não foram feitas referências aos combates no Leste ucraniano, onde há ainda uma intensa batalha pelo controle da cidade de Mariupol, no Mar de Azov, contíguo ao Mar Negro, que já está quase toda sob controle russo.
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