O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou uma série de medidas do governo neste domingo (20) que afetam tanto a população como a política no país.
A lei marcial, em vigor desde o início dos ataques em 24 de fevereiro, será prorrogada mais uma vez e seguirá valendo até o dia 26 de março. Assim, todos os homens de 18 a 65 anos não poderão sair da Ucrânia, salvo raríssimas exceções.
Outra determinação é a unificação de todos os canais de televisão em uma única "plataforma de comunicação estratégica" para fazer com que as emissoras fiquem ativas 24 horas por dia.
O decreto presidencial, segundo o publicado pelo portal "Ukrainska Pravda", não determina o fechamento de nenhum canal, mas determina que eles trabalhem em conjunto. A medida foi criticada pela oposição ucraniana.
Zelensky ainda publicou um terceiro decreto que limitará a atividade de 11 partidos políticos pró-Rússia, alguns dos quais seriam financiados diretamente pelo Kremlin. No anúncio, o mandatário afirmou que o Ministério da Justiça já começou a aplicar as restrições e que essas siglas permanecerão "sob controle" enquanto vigorar a lei marcial.
As siglas afetadas são Bloco de Oposição, Partido da Sharia, Nosso, Oposição de Esquerda, União das Forças de Esquerda, Partido do Estado, Partido Socialista-Progressista Ucraniano, Partido Socialista da Ucrânia, Socialistas, Bloco Vladimir Saldo e Plataforma de Oposição Pela Vida - um dos maiores partidos pró-Rússia em representação no Parlamento.
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Entrevista
Neste domingo, Zelensky também deu uma entrevista para a emissora norte-americana "CNN" e afirmou que se não houver uma conversa com seu homólogo russo, Vladimir Putin, vai existir uma "terceira guerra mundial".
"Precisamos usar qualquer formato, qualquer chance de poder falar com Putin. Se essas tentativas falharem, então quer dizer que haverá uma terceira guerra mundial. Estou pronto para negociar e estive prontos nos últimos dois anos. Sem as negociações, não se pode por fim a essa guerra", disse o mandatário.
O encontro cara a cara ente os dois presidentes vem sendo tentado por diversos governos que atuam como intermediadores, mas o Kremlin resiste porque quer que a reunião ocorra apenas quando já houver um tratado ou um acordo de cessar-fogo aprovado pelas delegações. (ANSA).
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