A capital ucraniana foi atingida por fortes ataques de artilharia aérea russa na manhã desta segunda-feira, após dias de intensos combates nos subúrbios da cidade. Um projétil atingiu um prédio de apartamentos, explodindo janelas e causando um incêndio. Pelo menos duas pessoas morreram, segundo as autoridades locais.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu que o Ocidente forneça armas a seu país e aplique mais sanções à Rússia para ajudar a evitar que outras nações sejam arrastadas para um conflito mais amplo.
A Ucrânia pediu, repetidamente, a seus aliados que façam mais para ajudá-la a resistir à invasão russa, que começou em 24 de fevereiro. Alguns governos ocidentais temem que isso possa atrair outros países, incluindo membros da Otan, para a guerra.
"Para aqueles no exterior com medo de serem 'arrastados para a Terceira Guerra Mundial'. A Ucrânia revida com sucesso. Precisamos de você para nos ajudar a lutar. Forneça-nos todas as armas necessárias", escreveu Kuleba, no Twitter. "Aplique mais sanções à Rússia e isole-a completamente. Ajude a Ucrânia a forçar Putin a fracassar e você evitará uma guerra maior".
Serviços essenciais
A Grã-Bretanha doará mais de 500 geradores móveis para ajudar a Ucrânia e enfraquecer as tentativas da Rússia de prejudicar seu fornecimento de energia, disse o secretário de Negócios Kwasi Kwarteng, acrescentando que isso seria suficiente para abastecer 20 mil prédios.
"Enviar geradores portáteis de eletricidade para a Ucrânia ajudará a manter os serviços essenciais funcionando, enfraquecer as tentativas do (presidente russo Vladimir) Putin de prejudicar o fornecimento de energia da Ucrânia e ajudar a apoiar a resposta ucraniana extraordinariamente corajosa à guerra do Kremlin", disse Kwarteng, em um comunicado.
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A invasão da Rússia causou mais de US$ 119 bilhões em danos à infraestrutura da Ucrânia, disse Denys Kudin, primeiro vice-ministro da Economia, em entrevista à televisão ucraniana.
Vítimas infantis
Noventa crianças foram mortas e mais de 100 ficaram feridas na Ucrânia, desde que a Rússia invadiu em 24 de fevereiro, disse o gabinete do procurador-geral ucraniano, nesta segunda-feira.
"O maior número de vítimas está nas regiões de Kiev, Kharkiv, Donetsk, Chernihiv, Sumy, Kherson, Mykolayiv e Zhytomyr", afirmou, em comunicado.
A Reuters não pôde verificar imediatamente a informação. A Rússia nega atacar civis no que chama de "operação especial" para desmilitarizar e "desnazificar" a Ucrânia.
*Com informações de agências internacionais