Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg
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Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg

Nesta terça-feira (8), o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) , Jens Stoltenberg, disse haver relatos de que a Rússia está atacando civis na Ucrânia e afirmou que a Otan vai fazer de tudo para impedir que o conflito entre os países se espalhe para outras nações.

"Temos a responsabilidade de garantir que o conflito não escale e não se espalhe para além da Ucrânia", disse ele. "Vamos proteger e defender cada centímetro do território aliado", acrescentou.

Em discurso, Stoltenberg também fez um apelo para que Moscou encerre a guerra, que começou no último dia 24 de fevereiro, após uma autorização do presidente russo Vladimir Putin para uma "operação militar especial"  no país.

Ao lado do presidente da Letônia, Egils Levits, o secretário-geral disse que a invasão russa está causando um sofrimento horrível aos cidadãos e que o impacto humanitário é "devastador".

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o número de refugiados da guerra na Ucrânia chegou a dois milhões nesta terça . Deste total, certa de 1,2 milhão de pessoas fugiu para a Polônia desde o início do conflito.

Conforme a Guarda de Fronteira polonesa, apenas nessa segunda-feira (7) 141.500 pessoas chegaram ao país, pouco abaixo do recorde diário de 142.300 no domingo. Além de abrigos temporários, refugiados também estão se hospedando em casas de poloneses. Estima-se que 40% deles já deixaram a Polônia em direção a outros países.

Cessar-fogo temporário

A partir desta manhã, a Rússia anunciou um cessar-fogo temporário em cinco cidades ucranianas para a criação de  corredores humanitários — usados para retirar civis de áreas de conflitos e para envio de mantimentos às cidades onde ocorrem combates.

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criação dessas rotas foi acordada entre os países na segunda rodada de negociações que tiveram em Belarus, na última quinta-feira (3) . A medida, porém, foi bastante criticada pelas autoridades ucranianas , já que o governo de Vladimir Putin determinou que civis poderão deixar áreas de conflito apenas em direção a cidades da Bielorrússia ou Rússia, enquanto a Ucrânia defende que cidadãos devem ter o direito de evacuar para todo o território do país.

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