Tropas na Ucrânia
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Tropas na Ucrânia

Uma semana após o  presidente russo, Vladimir Putin anunciar uma invasão militar contra a Ucrânia, as tropas russas avançam no país vizinho enquanto bombardeios destroem prédios públicos, residências, bases militares e tiram a vida de civis. A ONU já estima mais de 800 mil refugiados ucranianos , enquanto o governo local aponta que pelo menos 2 mil pessoas morreram no conflito. Abaixo, confira uma linha do tempo da situação que já é considerada a pior crise de segurança na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Sétimo dia: ONU aprova resolução contra a invasão russa (2 de março)

Nesta quarta-feira, a Assembleia Geral da ONU condenou a Rússia pela invasão da Ucrânia, por 141 votos a favor — incluindo o do Brasil — e apenas cinco contra, além de 35 abstenções. A resolução exige a retirada imediata das tropas russas.

Militares russos declararam ter tomado o controle da cidade de Kherson, ao sul, enquanto autoridades ucranianas negam a captura. Em Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, próxima da fronteira russa sob ataque desde o primeiro dia, os bombardeios pesados continuam e o prefeito disse que o município de 1,4 milhão de habitantes está "parcialmente cercado".

A Rússia também disse à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que seus militares assumiram o território ao redor da usina de Zaporizhzhya, a maior instalação de energia nuclear da Europa. As autoridades ucranianas, no entanto, afirmam que mantêm o controle da usina e que uma unidade militar pronta para combate permanece dentro do perímetro.

Em vídeo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que seu Exército já matou quase 6 mil soldados russos, mas criticou apoio do Ocidente, dizendo não ser suficiente. O político disse ainda que "a Rússia pretende apagar a Ucrânia, sua história e seu povo". O número de refugiados ucranianos já passa de 800 mil, segundo a ONU.

Sexto dia: Rússia avisa que atacará alvos na capital e tira TVs do ar (1º de março)

O sexto dia de conflito foi marcado pelos ataques em Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia. Ainda durante a madrugada, o prédio do governo regional foi atingido por um míssil, deixando pelo menos dez mortos e 35 feridos de acordo com o assessor do Ministério do Interior, Anton Herashchenko. Zelensky classificou os ataques a Kharkiv como "terrorismo de Estado". Em Kiev, o governo russo atacou a principal torre de rádio e TV da cidade, interrompendo todas as transmissões e matando pelo menos cinco pessoas, segundo o governo local.

Também na terça-feira o presidente dos EUA, Joe Biden, fez o primeiro discurso sobre o Estado da União, ressaltando uma contundente defesa da união do Ocidente, em especial dos países da Otan, diante da invasão da Ucrânia pela Rússia e anunciou que as aeronaves russas não poderão mais voar no espaço aéreo americano.

Quinto dia: Primeira rodada de negociações sem cessar-fogo imediato (28 de fevereiro)

Rússia e ucrânia travaram na segunda-feira a primeira rodada de negociações diplomáticas sobre a guerra sem cessar-fogo imediato. As delegações de Moscou e Kiev se reuniram por várias horas na região de Gomel, na Bielorrússia, perto da fronteira com a Ucrânia, enquanto as forças comandadas pelo presidente Vladimir Putin intensificaram seus ataques contra Kharkiv e nos arredores da cidade portuária de Mariupol, estratégica na região do Mar de Azov, contíguo ao Mar Negro.

No quinto dia de ataques, foguetes russos mataram dezenas de pessoas e deixaram centenas de feridos na cidade, que fica no Leste da Ucrânia, a 65 km da fronteira com a Rússia.

Quarto dia: Putin põe forças de dissuasão nuclear em alerta máximo (27 de fevereiro)

Após quatro dias de ataques, tropas russas entraram no domingo na cidade ucraniana de Kharkiv e atingiram usinas de fornecimento de energia próximas a Kiev.

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Ainda no domingo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que a União Europeia (UE) vai financiar, comprar e entregar armas para a Ucrânia, a serem usadas na defesa do país contra a invasão russa. A UE também aprovou o fechamento do espaço aéreo de todos os seus 27 países-membros para aviões russos.

No mesmo dia, Vladimir Putin, deu um passo a mais na escalada das tensões com o Ocidente após a invasão da Ucrânia e ordenou que as forças de dissuasão nuclear russas fossem posicionadas em alerta máximo.

Terceiro dia: Novas sanções contra Rússia (26 de fevereiro)

As forças russas anunciaram a tomada da cidade de Melitopol, no Sudeste da Ucrânia, enquanto combates vigorosos foram registrados na periferia da capital.

EUA, Reino Unido e União Europeia anunciaram novas sanções contra a Rússia, incluindo o corte de acesso ao sistema Swift. O governo da Alemanha também anunciou o envio de mil mísseis antitanque e 500 sistemas antiaéreos portáteis Stinger para a Ucrânia.

Protestos contra invasão russa foram realizados em várias cidades do mundo. Enquanto Google e YouTube se uniram ao Facebook e também decidiram bloquear anúncios de mídia estatal russa.

Segundo dia: Forças russas chegam em Kiev e ampliam o cerco (25 de fevereiro)

Tropas russas chegaram a Kiev e se posicionaram no distrito residencial de Obolon, cerca de 9 km ao norte do Parlamento ucraniano, no centro da cidade, após avançarem rapidamente de três eixos de direções diferentes, no Norte, Sul e Leste da Ucrânia. O Exército fez uma convocação para todos os civis se alistarem.

No mesmo dia, EUA, União Europeia e Reino Unido congelaram bens de Putin e chanceler russo e Joe Biden instruiu o Departamento de Estado a liberar US$ 350 milhões em ajuda militar à Ucrânia.

No esporte, a Fórmula 1 anunciou o cancelamento do Grande Prêmio da Rússia, em Sochi. Em comunicado, a categoria ressaltou a iniciativa de unir países e pessoas e afirmou que vê com "tristeza e choque" a situação em solo ucraniano. A Uefa também anunciou a retirada da final da Champions League do país. A partida seria disputada na Gazprom Arena, em São Petersburgo, mas acabou transferida para o Stade de France, em Saint-Denis (França).


Primeiro dia: início da guerra de Putin (24 de fevereiro)

Forças russas atacaram alvos em toda a Ucrânia, após o presidente Vladimir Putin prometer “desmilitarizar” o país e substituir seus líderes. A "invasão em grande escala" passou a ser considerada a pior crise de segurança na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Logo depois, Volodymyr Zelensky, decretou lei marcial no país. No mesmo dia, também assinou decreto no qual declarou que o país estava em estado de mobilização geral depois do início da invasão militar da Rússia.

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