O ataque da Rússia ao território ucraniano entrou no segundo dia. Forças russas chegaram em Kiev, a capital do país, e ampliam o cerco sobre o governo de Volodmir Zelenski. Há relatos de novos bombardeios na cidade desde a madrugada desta sexta-feira.
Um vídeo mostra o momento em que um tanque de guerra russo passa por cima de um carro em uma área residencial em Kiev. Em outras imagens, também compartilhadas nas redes sociais, é possível ver as pessoas tentando retirar o motorista de um carro, que aparece completamente destruído.
Militares russos estão posicionados no distrito residencial de Obolon, cerca de 9 km ao norte do Parlamento ucraniano, no centro da cidade, segundo informou o Ministério da Defesa ucraniano. Autoridades de Kiev reforçaram aos moradores de Obolon a recomendação de ficarem fora das ruas, devido à aproximação de “hostilidades ativas”.
“Em conexão com a aproximação de hostilidades ativas, os moradores do distrito de Obolon são convidados a não sair”, disse o conselho da cidade em um alerta, divulgado nesta sexta.
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Em uma rede social, o ministério disse ainda que os moradores devem “preparar coquetéis molotov” para deter os invasores.
Zelensky disse que está disposto a adotar um status de neutralidade e desistir do pedido de entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar comandada pelos EUA — a grande demanda russa para parar a invasão. Moscou, inicialmente, recebeu a declaração com frieza e disse que o ucraniano mente. Mais tarde, o porta-voz do Kremlin disse que o presidente Vladimir Putin está disposto a mandar uma delegação a Minsk para negociar com o governo local.
Segundo a AFP, o ataque a Kiev começou com helicópteros, pouco antes das 4h locais (23h de quinta em Brasília). Sirenes de ataque aéreo soaram na cidade de 3 milhões de habitantes, onde muitos se abrigavam em estações de metrô subterrâneas.