O presidente da França, Emmanuel Macron, se reuniu nesta segunda-feira (7) com seu homólogo russo, Vladimir Putin, em Moscou, e pediu uma "desescalada" da tensão na fronteira com a Ucrânia , na tentativa de "evitar uma guerra".
"O diálogo é necessário porque é a única coisa que ajudará, na minha opinião, a construir um contexto de confiança, segurança e estabilidade no continente europeu", disse Macron, citado pela agência Tass .
O líder francês ressaltou ainda que está pronto para "começar a construir uma resposta eficaz" para "evitar uma guerra".
Putin, por sua vez, elogiou o papel da França na formação da segurança europeia e observou que aprecia os esforços de Macron para ajudar a garantir "uma segurança igual na Europa" e intermediar um acordo para a crise ucraniana.
"Percebo que compartilhamos a preocupação com o que está acontecendo na Europa na esfera da segurança", disse o líder russo. "Eu vejo quantas iniciativas a atual liderança francesa e o presidente, pessoalmente, estão empregando para resolver a crise relacionada à garantia de segurança igualitária na Europa, para uma perspectiva histórica séria", acrescentou Putin.
A reunião entre Macron e Putin é mais um dos esforços internacionais para neutralizar a crise envolvendo Rússia e Ucrânia . O dia será de encontro entre líderes mundiais para debater o tema.
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Depois de Moscou, o presidente francês viajará a Kiev, onde se encontrará com o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky. Na sequência, ele viaja a Berlim junto ao presidente polonês, Andrzej Duda, para uma cúpula.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, por sua vez, vai a Washington para se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden , e os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, República Tcheca, Eslováquia e Áustria viajarão a Kiev.
O acúmulo de cerca de 100 mil soldados russos perto da Ucrânia alimentou as preocupações ocidentais de uma possível ofensiva . O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, alertou que a Rússia poderia invadir a Ucrânia "a qualquer dia", desencadeando um conflito que teria um "enorme custo humano".
O governo de Putin negou quaisquer planos de atacar seu vizinho, mas exige que os Estados Unidos seus aliados impeçam a Ucrânia de ingressar na Otan.
No último domingo, Macron chegou a conversar por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre "esforços diplomáticos" para combater a crise.