A Alta Corte de Londres autorizou nesta segunda-feira (24) que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, possa fazer uma apelação à Suprema Corte britânica sobre sua possível extradição para os Estados Unidos.
Falando à imprensa após a decisão, a esposa e advogada do australiano, Stella Morris, afirmou que a decisão foi uma "vitória" e "exatamente o que queríamos que acontecesse".
O apelo à Alta Corte veio após o próprio órgão reverter uma decisão de primeiro grau que impedia que Assange fosse extraditado para os EUA. O tribunal acolheu um pedido de Washington contra o fundador do Wikileaks.
Só que agora, a mesma corte acolheu o pedido de defesa de Assange para que ele possa entrar com mais um recurso na instância máxima da justiça britânica. Com isso, a situação da extradição ou não deve ser adiada por mais alguns meses.
O ativista foi acusado pelo Departamento de Justiça norte-americano de "conspirar" com a ex-analista militar Chelsea Manning e publicar milhares de documentos com informações confidenciais sobre a atuação norte-americana no Iraque e no Afeganistão. Alguns desses relatórios, inclusive, indicam crimes de guerra.
Se for extraditado e condenado, Assange poderá pegar até 175 anos de prisão.