Pelo menos 31 imigrantes morreram quando tentavam cruzar o Canal da Mancha rumo ao Reino Unido, nesta quarta-feira (24). Cinco são mulheres e uma das vítimas é criança. Além disso, outras duas pessoas foram resgatadas com vida.
Os números foram divulgados pelo Ministério do Interior da França. O ministro Gérald Darmanin disse, em coletiva de imprensa, que ao menos uma pessoa continuava desaparecida.
Segundo a Folha de S. Paulo, o naufrágio aconteceu perto da costa francesa, entre Calais e Dunquerque. É considerado o maior desastre desse tipo desde que a Organização Internacional passou a coletar os dados do canal, em 2014.
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A publicação explica que as travessias em bote dispararam neste ano, o que gerou atritos entre a França e o Reino Unido. Após a tragédia, o premiê britânico, Boris Johnson, disse que o país não vai deixar "pedra sobre pedra" para impedir o tráfico de seres humanos. Já o presidente da França, Emmanuel Macron, respondeu que seu país "não vai deixar o Canal da Mancha se tornar um cemitério".
A mídia britânica diz que cada imigrante costuma pagar cerca de 4 mil euros, o equivalente a R$ 27 mil, para chegar ao Reino Unidos. Relatos dão conta de que há botes com até 80 pessoas. No caso em questão, a administração dos portos de Calais e Boulogne informou que o barco tinha cerca de 50 imigrantes.