Ataque de míssil russo atinge satélite
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Ataque de míssil russo atinge satélite

O Ministério da Defesa da Rússia admitiu nesta terça-feira (16) que destruiu um de seus satélites em um teste de míssil, mas descartou as acusações dos Estados Unidos de que o lançamento do projétil colocou em perigo a Estação Espacial Internacional (ISS).

Em um comunicado, as autoridades russas notificaram o sucesso da missão para destruir um satélite que estava em órbita desde 1982. Além disso, os militares informaram que realizaram atividades planejadas para fortalecer suas capacidades defensivas, mas negaram que o teste fosse perigoso.

"Os Estados Unidos sabem, com certeza, que os fragmentos resultantes, em termos de tempo de teste e parâmetros orbitais, não representaram e não representarão uma ameaça para as estações orbitais, espaçonaves e atividades espaciais", comentaram.

Em uma entrevista coletiva, o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, negou que a Rússia tenha colocado a ISS em risco e acrescentou que "não há fatos" por trás das acusações feitas pelos norte-americanos.

"Declarar que a Federação Russa criou riscos para o uso pacífico do espaço é, no mínimo, hipocrisia", comentou Lavrov.

As autoridades dos Estados Unidos afirmaram que a missão russa foi "irresponsável" e comentaram que a destruição do satélite foi "perigosa". Segundo os americanos, a explosão criou uma nuvem de destroços e forçou a tripulação da ISS a tomar medidas evasivas.

Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Atlântico do Tratado Norte (Otan), descreveu a ação da Rússia como um ato "imprudente" e "preocupante".

"Isso demonstra que a Rússia está desenvolvendo novos sistemas de armas que podem derrubar satélites", disse Stoltenberg em uma reunião com ministros de Defesa da União Europeia (UE).

O chefe da Nasa, Bill Nelson, afirmou na segunda-feira (15) que estava "indignado" com a ação "irresponsável" e "desestabilizadora" efetuada pelos russos. Segundo as agências de notícias estatais da Rússia, o líder da Roscosmos, Dmitry Rogozin, deverá participar de uma reunião com oficiais da agência espacial norte-americana.

Já Florence Parly, ministra do Exército francês, chamou os russos de "vândalos espaciais" em suas redes sociais.

Índia foi a última nação a realizar um teste semelhante, que aconteceu em 2019. O episódio foi muito criticado pelos Estados Unidos, pois a ação criou centenas de pedaços de "lixo espacial".

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