Mulher foi condenada após espirrar produto nos vizinhos
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Mulher foi condenada após espirrar produto nos vizinhos

Uma idosa foi condenada por agressão após  borrifar desinfetante em seus vizinhos em abril do ano passado, no início da pandemia de Covid-19. "Dois metros, afaste-se da minha cerca", teria dito a mulher antes de espirrar o produto contra as vítimas.

Jane Downall, de 61 anos, usou o spray antibacteriano para limpar a cerca de madeira de sua casa após Samantha Fisher e sua filha, Ebony, terem se inclinado no local para conversar com outro vizinho em Heywood, Greater Manchester, na Inglaterra .

No entanto, algumas gotas do produto potencialmente corrosivo atingiram os rostos das mulheres, que precisaram procurar um hospital por suspeita de queimadura.

Jane foi presa no local após os policiais encontrarem as vítimas com os rostos vermelhos. Aos agentes, a idosa se defendeu dizendo que as vizinhas estavam tossindo por cima da cerca e ela "apenas tentando proteger" seus pais.

"Sam tossia muito alto e exageradamente no jardim e o marido dela estava lá, ela ria histericamente e tossia", afirmou, segundo o jornal Daily Mail .

A mulher foi condenada por agressão no Tribunal de Justiça de Tameside.

Em audiência, o marido de Fisher disse que os três faziam um "churrasco em família" e eles estavam longe da cerca da mulher. "A senhorita Downall estava falando com outro vizinho do meu lado oposto e lembro-me de vê-la entrar em casa e voltar direto com um spray na mão direita. Ela começou a dizer: 'afaste-se da minha cerca, afaste-se da minha cerca', então caminhou em minha direção, chegou bem perto e borrifou o líquido", relatou o homem. "Ela borrifou várias vezes".

De acordo com ele, as mulheres lavaram o rosto repetidamente, mas precisaram ir ao hospital de ambulância.

A acusada se defendeu dizendo que não tentou ferir ninguém, apenas "combater os germes". "Eu estava com medo da Covid e consciente da regra dos dois metros de distância. Eu estava falando com outra vizinha, Cynthia, e os Fishers falavam em nossos dois jardins. Eles gritavam e havia cuspe e saliva saindo de suas bocas", afirmou a idosa em audiência.

"Eles faziam piadas sobre a pandemia e havia tosse exagerada. Fui pedir para se afastarem da cerca, mas eles alegaram que ela não era minha. Eu disse que pegaria o material para limpá-la".

"Comecei a pulverizar onde pensei que estariam as gotas de saliva e foi então que eles começaram a gritar dizendo que eu tinha atacado eles e que os vizinhos eram testemunha", continuou.

Em sua decisão, a juíza Angela Nield disse que, apesar de a mulher ter tentado seguir protocolos de segurança pelo medo de ser infectada, "há um histórico de acrimônia, reclamações e contra-reclamações" dos vizinhos contra a mulher.

"Dada a história de antagonismo, isso a tornou imprudente em suas ações, resultando no ataque", acrescentou.

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