O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou nesta segunda-feira (30) uma resolução sobre o Afeganistão na qual pede aos talibãs que respeitem os direitos humanos e cumpram suas promessas de permitir que afegãos e cidadãos estrangeiros saiam de forma "segura" do país asiático.
O texto, elaborado pelos Estados Unidos, França e Reino Unido, foi aprovado com 13 dos 15 votos, sendo que somente China e Rússia se abstiveram.
O documento não menciona a "zona de segurança" citada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e que prevê a criação de uma área para permitir a continuação das "operações humanitárias".
No entanto, reafirma "a importância de apoiar os direitos humanos, incluindo o das mulheres, das crianças e das minorias", e "encoraja" a aplicação de uma solução política "inclusiva" com uma participação "significativa" das mulheres.
Além disso, é feito um apelo para fortalecer os esforços para fornecer assistência humanitária para permitir uma saída "segura" e ordenada dos afegãos e de todos os cidadãos estrangeiros do país e autorizar o acesso da ONU.
A resolução ainda pede que o território afegão não seja utilizado para "ameaçar ou atacar" outras nações nem se torne uma base para o terrorismo. O Conselho de Segurança "espera que o Talibã cumpra esses e todos os outros compromissos", diz o texto, considerado mais superficial do que o esperado.
"À medida que o Afeganistão entra em seu próximo capítulo, é imperativo que a comunidade internacional permaneça unida e decidida, inclusive tornando o Talibã responsável por seus compromissos, entre eles o de deixar os afegãos que desejam sair do país", ressaltou a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield.