Os ministros das Relações Exteriores do G7 se reuniram virtualmente nesta quinta-feira (19) para debater a crise política do Afeganistão após a retomada do poder pelo Talibã e expressaram preocupação com "os relatos de represálias violentas".
Os ministros enfatizaram a "importância do Talibã cumprir seu compromisso de garantir a proteção dos civis", explicou o chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, após a reunião no Reino Unido, que tem a presidência rotativa.
Os representantes dos Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Canadá, Japão, Reino Unido e União Europeia (UE) também pediram ao Talibã que "garanta uma passagem segura" para estrangeiros e afegãos que queiram deixar o país.
Além disso, foram debatidas estratégias para fortalecer a cooperação entre as partes a fim de garantir as evacuações do pessoal diplomático e colaboradores locais de Cabul.
O G7 enfatizou ainda que está fazendo o possível para evacuar as pessoas vulneráveis do aeroporto de Cabul e ressaltou "a importância da comunidade internacional fornecer rotas de reassentamento seguras e legais".
"Eles concordaram que o Talibã deve garantir que o Afeganistão não se torne um 'host' para uma ameaça terrorista à segurança internacional", diz a declaração oficial.
Diante da ofensiva feita pelo grupo fundamentalista islâmico para assumir o controle do território afegão, os representantes do G7 alertaram sobre "a necessidade urgente de acabar com a violência" e pediu que "os direitos humanos, incluindo os das mulheres, crianças e minorias, sejam respeitados".
Foi exigido também que "negociações sobre o futuro do Afeganistão" sejam realizadas e que todas as partes respeitem o direito o direito internacional humanitário.
Por fim, os chanceleres se comprometeram em trabalhar com seus parceiros internacionais nos próximos "dias e semanas" para "assegurar um acordo político inclusivo, permitir assistência humanitária", "prevenir qualquer perda de vidas no Afeganistão e evitar o terrorismo na comunidade internacional".
"Os Ministros do G7 clamam para a comunidade internacional se unir em uma missão compartilhada para prevenir o agravamento da crise no Afeganistão", finaliza o texto.