Após ser tomado pelo Talibã , muito se especula sobre o sistema político que o Afeganistão adotará no futuro. Waheedullah Hashimi, membro sênior do grupo, porém, tratou de sanar qualquer dúvida que paire sobre as leis que irão vigorar no país: "É a lei sharia e é isso". As informações são da agência Reuters.
Na entrevista concedida, Hashimi ressalta que "não haverá sistema democrático porque não há nenhuma base em nosso país", disse ele. "Não discutiremos que tipo de sistema político devemos aplicar no Afeganistão porque está claro".
Saiba mais:
Grupo terrorista Talibã pode ganhar assento na Unesco
De acordo com o membro do Talibã, o líder supremo Haibatullah Akhundzada poderá desempenhar o papel acima do chefe de estado, parecido com as atribuições de um presidente da República.
Segundo Waheedullah, o grupo se reunirá neste fim de semana para discutir a estrutura de governança que será adotada pelo Talibã. Está na pauta o recrutamento de militares afegãos que queiram se juntar à nova força nacional.
"Claro que teremos algumas mudanças, algumas reformas no Exército, mas ainda precisamos deles e vamos chamá-los para se juntarem a nós. "A maioria deles treinou na Turquia, Alemanha e Inglaterra. Portanto, vamos conversar com eles para voltarem às suas posições", explicou Hashimi.