Alexandre Danielli, de 38 anos, nasceu em Joaçaba, Santa Catarina e foi fuzileiro naval norte-americano durante oito meses no Afeganistão , há 10 anos atrás. Hoje, o ex-soldado é pai de dois e vive nos Estados Unidos.
Nesta quarta, 18, o fuzileiro deu uma entrevista ao vivo de Portland nos EUA, para o CBN Hub . Durante a conversa, ele contou sobre sua passagem pelo Iraque, Kuwait até chegar ao Afeganistão.
Ao ser questionado sobre qual o futuro do Afeganistão agora que o Talibã assumiu o poder , Danielli disse: "É um futuro que ninguém sabe, o Talibã tem falado sobre ser amigável, moderado, mas é o que deixa todo mundo apreensivo, sem saber o que eles vão fazer".
O veterano diz que torce para que o Talibã tenha mudado ao longo desses 20 anos. "Torço do fundo do meu coração que nesses 20 anos eles tenham tido uma mudança. O Talibã começou como um partido político, por isso até hoje eu tenho medo de fanatismo político, porque o regime talibã era fanático e agora são terroristas.", afirmou Alexandre.
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Durante os meses em que esteve no Afeganistão, Alexandre quase morreu em uma emboscada Talibã. Ficou quase duas semanas em coma. Hoje, diagnosticado com Transtorno de Estresse Pós-traumático e Trauma do Cérebro Machucado por conta da guerra, vive bem com as sequelas físicas e neurológicas.
Na entrevista, o fuzileiro naval contou que pretende escrever um livro sobre sua experiência na guerra em breve. Ainda, em suas redes sociais, Alexandre compartilhou uma foto dos talibãs com a legenda: "Ninguém defenderá as mulheres no Afeganistão?? Você ai CONTRA A GUERRA, vai deixa las serem torturadas na boa? Cade os defensores de Direitos Humanos?"