A justiça boliviana determinou, neste domingo (14), quatro meses de prisão preventiva para a ex-presidente do país Jeanine Áñez pelo caso do suposto golpe de estado contra o ex-presidente Evo Morales, em 2019. "Me enviam para quatro meses de detenção para esperar o julgamento por um 'golpe' que nunca aconteceu", afirmou Áñez no Twitter, após ouvir a decisão.
A juíza responsável pela decisão, Regina Santa Cruz, ouviu os argumentos das duas partes, tanto a Promotoria como os advogados de defesa de Áñez e de seus ex-ministros da Justiça, Álvaro Coímbra, e da Energia, Rodrigo Guzmán, todos presos entre sexta e sábado. O Ministério Público havia solicitado seis meses de prisão preventiva para os três políticos.
A ex-presidente, 53 anos, foi detida no sábado na cidade de Trinidad, depois de seus dois ministros Coímbra e Guzmán, os três denunciados por sedição, terrorismo e conspiração. Áñez foi detida quando estava escondida em uma cama box na casa de um parente.
O MP da Bolívia justificou o pedido de prisão preventiva por uma suposta conspiração para executar um "suposto golpe" contra Morales, que renunciou em novembro de 2019 durante grandes distúrbios sociais.