protesto capitólio
Reprodução/Twitter
protesto capitólio

Enquanto as autoridades e a população dos Estados Unidos da América se reestruturam da invasão ao Congresso, na última quarta-feira (06) , apoiadores do presidente Donald Trump se organizam para uma nova onda de manifestações em 20 de janeiro, dia da posse do presidente e da vice-presidente eleitos, Joe Biden e Kamala Harris. As informações foram apuradas pelo jornal O Globo.

Mesmo com toda repercussão do acontecimento, com invasores presos, pessoas feriadas e vítimas fatais, os apoiadores de Trump continuam persistentes com a ideia de um novo protesto e ainda dizem que nada será capaz de para-los daqui a 10 dias. Chuck Schumer, líder do Partido Democrata se encontra preocupado pois ameaças de grupos extremistas continuam altas mesmo depois da invasão.

"A ameaça de grupos violentos extremistas continua alta e as próximas semanas são críticas para o nosso processo democrático com a cerimônia de posse do presidente eleito, Joe Biden, e da vice-presidente eleita, Kamala Harris, no Capitólio", disse Shumer.

O líder democrata ainda conversou com o diretor da FBI para que continuem com a busca e prisão dos responsáveis. 100 pessoas já foram presas , entre elas, o líder do grupo conhecido por QAnon, que repercutiu com suas roupas de chifre e pele. 

Na internet, por meio de fóruns e sites, aliados do governo Trump prometem “liberar o país sem piedade” e “não deixar os comunistas vencerem”. Há semanas está sendo vista a criação do evento " Marcha dos Milhões de Milícias ”, que será realizado no dia 20 de janeiro e também em outras datas divulgadas.

Postagens com os dizeres "Nós recusamos a ser silenciados" e "Marcha armada no Capitólio e em todos os Capitólios estaduais em 17 de janeiro", foram levantadas pelo grupo Alethea, que luta contra a desinformação e na última semana, levantou várias postagens com a mesma linha de conteúdo.

A frase “enforquem Mike Pence” ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter. Após a rede banir a conta de Trump, por incitar a violência, cerca de um dia depois, seus apoiadores subiram expressão até virar um dos assuntos mais comentados do mundo.

Antes de ser banido, um dos últimos tweets de Trump foi dizendo que não comparecerá a posse de seu sucessor Biden e, tal reação foi vista por muitos como uma incitação à demonstrações violentas de seus seguidores. O atual presidente, em seu final de mandato, integrará a pequena lista de chefias de governo que faltaram a posse de seus sucessores . O último a fazer tal feito foi Andrew Johnson, em 1869.

Com Trump sem conta nas duas redes sociais tradicionais, seus apoiadores encontraram uma nova plataforma onde poderiam ter à "liberdade de expressão" que gostariam. O Parler, durante meses vem atraindo grupos de direita para expressarem seus discursos já que cada vez mais, as redes sociais vinham combatendo a desinformação. A invasão ao Capitólio foi orquestrada parcialmente pelo Parler.

Na última sexta (08), Google e Apple tomaram a decisão de retirar o aplicativo de suas lojas virtuais com o argumento de que não havia uma revisão das postagens feitas pelos usuários que em sua maioria, usavam a rede para discursar violentamente sobre suas opiniões e viés políticos. Já no sabádo (09), essa atitude foi seguida pela Amazon, que com as várias violações de regras, o aplicativo deve sair do ar.

De acordo com as autoridades, de três pessoas importantes atuantes na invasão ao Congresso foram presas. Jacob Anthony Chansley, conhecido como Jake Angeli, o homem conhecido pelas roupas de chifres e pelos, foi acusado de “entrar ou permanecer intencionalmente em um prédio ou terreno restrito sem autorização legal, entrada violenta e conduta desordenada nas instalações do Capitólio.

Outro preso foi o Adam Johnson, apoiador da Flórida que ficou conhecido após sua foto acenando para o Congresso segurando nas mãos o púlpito da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, repercutir. E Richard Barnet, fotografado com os pés em cima da mesa da líder democrata também foi preso.


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