Suécia implementa pela primeira vez o uso de máscara em transportes públicos
AFP
Suécia implementa pela primeira vez o uso de máscara em transportes públicos

Nessa sexta (18), a Suécia pela primeira vez, recomenda o uso de máscara para sua população em trasnportes públicos nos horários de grande movimento. O país não havia adotado medidas de restrições para a doença e tal atitude fez com que os números de casos e mortes atingissem seu ápice , com uma taxa de mortalidade 10 vezes maior em comparação com outros países da região, com um total de 7.993 mortes.

O primeiro-ministro Stefan Löfven anunciou em uma entrevista coletiva, novas medidas que deverão ser cumpridas pela população. Limite de pessoas dentro dos estabelecimentos, mesas com até quatro pessoas e o decreto que determina a proibição da venda de álcool após as 20h locais, estão valendo a partir desta sexta.

A Suécia se destacava na Europa por ter sido o único país a não recomendar o uso de máscaras . Quando questionado, a autoridade de saúde pública do país dizia não haver nenhum estudo que comprovasse a eficácia do uso das máscaras, atitude que contraria a recomendação de órgãos de saúde internacionais.

Com a sistema público de saúde de Estocolmo precisando de reforços, o primeiro-ministro ainda descarta a possibilidade de um lockdown no pais. O mesmo declara que tal acontecimento seria um "fardo muito pesado" para a população se manter firme por um longo período.

Rei Carl XVI Gustaf

Em um pronunciamente televisionado, o rei Carl XVI Gustaf deckarou que o país falhou gravemente em não ter desenvolvido medidas de restrição para conter o contágio da Covid-19. Com 74 anos, o rei lamenta o caminho escolhido pela Suécia para enfrentar o coronavírus, que apresenta uma taxa de  fatalidade alta entre os idosos da região.

"Acho que falhamo. Temos um grande número de mortos e isso é terrível. O povo da Suécia tem sofrido muito, com condições difíceis. Pensemos em todas as famílias que não conseguiram se despedir dos seus mortos. Acho que essa é uma experiência difícil e traumática, a de não ser capaz de dizer adeus.", disse o monarca.

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