No último dia para que os estados certifiquem os resultados eleitorais, a campanha de Donald Trump acumulou mais quatro derrotas judiciais: a Suprema Corte de Justiça rejeitou por unanimidade um recurso sobre o pleito na Pensilvânia, a Suprema Corte de Nevada tomou a mesma atitude sobre os votos em seu estado, e tribunais de Michigan e Geórgia também rejeitaram ações nesta terça-feira (08).
A decisão do mais alto tribunal do país analisou um recurso impetrado por aliados que queriam bloquear a certificação dos resultados da Pensilvânia, onde o democrata Joe Biden ganhou. Os nove juízes - inclusive três nomeados pelo atual presidente - não publicaram as motivações da decisão, apenas o resultado unânime.
Em Nevada, o recurso da campanha foi rejeitado por falta de provas de que houve algum tipo de fraude eleitoral nos votos recebidos - mesmo argumento apontado por um tribunal inferior na última semana. Caso semelhante ocorreu em Michigan e Geórgia, onde os juízes não consideraram haver provas sobre as acusações apresentadas.
No entanto, nesta terça-feira, o estado do Texas entrou com outra ação na Suprema Corte para anular os resultados das eleições na Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin porque esses locais alteraram regras de votação em virtude da pandemia do coronavírus Sars-CoV-2.
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Além disso, pediu uma alteração na data da reunião do colégio eleitoral , definida em lei em 1887 e que nunca teve mudança. Para este ano, o encontro está marcado para 14 de dezembro.
Porém, a chance de vitória é mínima, já que cada estado tem autonomia total para gerenciar seu processo eleitoral da maneira que achar adequada. Com as derrotas desta terça, Trump perdeu mais de 50 ações judiciais nos mais diferentes âmbitos para tentar reverter judicialmente sua derrota nas urnas.
Desde o dia 3 de novembro, o republicano alega que houve fraudes no processo eleitoral que deu a vitória a Joe Biden. Porém, Trump já perdeu oficialmente, com a certificação em cada estado, no colégio eleitoral - em placar que ficou em 306 delegados para o democrata contra 232 para o republicano. No voto popular, Biden teve mais de sete milhões de vantagem contra Trump.
Na noite de ontem, o porta-voz do presidente eleito, Mike Gwin, comentou a decisão da Suprema Corte: "dezenas de tribunais rejeitaram as afirmações refutadas e sem mérito de Trump e de seus aliados, e agora a corte mais alta do país se uniu a eles, sem um dissenso sequer, para rejeitar essa tentativa de assalto eleitoral. As eleições acabaram. Joe Biden venceu e jurará como presidente em janeiro".